sexta-feira, junho 25, 2004

"A PORTUGUESA"

Ó inglês embriagado,
Queres ouvir este meu fado?
Bebe mais duas ou três,
E ouve-me este português.
Tu sabes que o hino nosso,
Nasceu de um ultimato vosso,
E no passado nos humilhou,
Mas nosso povo protestou?
Houve quem teve a coragem,
De escrever “A Portuguesa”,
Unimos mãos – como ontem ,
E protestou-se com firmeza?
Pois cantemos então,
Mais uma e outra vez,
Que o povo português,
Tem força no coração.
Marcaram vocês primeiro,
Como é vosso costume.
Mas não soltando nenhum queixume,
Tentamos golo certeiro.
Com os canhões, atacamos,
E vocês sempre à defesa,
Sempre nós acreditamos,
Que ganharíamos com justeza.
Postiga entra, Figo sai
Que foi bravo também,
Mas com cabeça, por encanto,
Postiga marca. Repôs-se o Bem.
Humilde, nosso povo,
Gritou alto e vos calou,
Mas calma, estimado inglês,
Pois ainda não acabou.
O melhor estava para vir,
Inglês perto da encosta,
Com o povo a bramir:
Golooooooooo!
Foi golo de Rui Costa!
Arrepiou o país inteiro,
Até as lágrimas derramou,
Mas arrogante inglês, sorri,
Porque vosso país marcou.
Cantou-se “A Portuguesa”
Por uma última vez,
Ricardo com firmeza,
Mostrou a garra de português.
O país festejou assim,
Com alegria, cantando,
O português mandou assim,
O inglês embora, andando.
Mas vá lá, mau não foste,
Estavas só embriagado,
Mas, inglês: escuta! Ouviste,
É a voz do nosso fado.

EFB – 25/06/04

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