quarta-feira, junho 30, 2004

Hoje quero suminho de laranja ao jantar...



... espero é que não seja indigesto...


... e que no fim as "tangerinas" se ponham a andar... até ao aeroporto!!!
FORÇA PORTUGAL!!!
OHHHH PORTUGAL OLÉÉÉÉ!!!
PORTUGAL OLÉÉÉÉ!!!
PORTUGAL OLÉÉÉÉ!!!

Separados à nascença....





Não me lixem, estes dois são irmãos...

Notícia de Última hora

Pá:

As minhas colegas de departamento, como são umas "tugas" à boa maneira portuguesa, foram comprar T-shirts da nossa selecção. Mas, eis que chegou o arauto das más notícias, que é uma pessoal que deve pesar à volta de 100 Kg do sexo feminino, e só para contrariar trouxe hoje uma T-shirt cor de laranja, que anunciou de pronto que, como estava presente um inglês nos escritório, que não se podia vestir camisolas da nossa selecção até às 17H00. Ou seja, se tivesses uma T-Shirt a dizer "Fuck all the english bastards" ou "Fuck the Queen, not the world" até se podia usar porque não era da selecção portuguesa. Manifestações de afecto e orgulho pelo nosso país é que não podia ser.

Aos autores deste fundamentalismo cobarde e desprovido de qualquer tomateira digo - e passo a expressão - "VÃO TODOS PARA O CARALHO!!!"

15:37 - umas horas antes do jogo com a Holanda. FORÇA PORTUGAL!!!

Presidentes, Primeiros e Eleições...

O processo de substituição de um Primeiro Ministro que aceita a presidência da Comissão Europeia é feito com o cumprimento das formalidades e regras constitucionais. E não conforme as agitações de massas e tentativas de subversão da ordem pública. Isto é o que acontece nos países civilizados, será de esperar que no nosso se passe o mesmo e não que um Presidente a Républica, pressionado pela oposição e outros interesses, instigue uma crise política.

De acordo com a Constituição, artigo 187.º, «0 Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais». Como tal, tendo em conta os resultados eleitorais, compete ao PSD nomear o novo líder e designar o seu candidato a PM, em Conselho Nacional.

Como a maioria parlamentar se manterá, o PR só terá de aceitar a indicação que emana da AR, sendo que só um Conselho Nacional do PSD é que designa o seu candidato a primeiro-ministro, e não o Congresso ordinário ou extraordinário. Nesta situação, o PR verificará o regular funcionamento das instituições (artigo 195), e terá de respeitar a vontade dos partidos que fazem a maioria, exemplo aliás que seguiu na sequência da demissão de António Guterres, ao pedir ao PS que indicasse um novo PM, o que na altura aquele partido não desejou, preferindo eleições antecipadas.

Como é lógico, não compete ao PR dizer quem lhe agrada como PM, induzir ou dificultar qualquer escolha de liderança, ou sequer por em causa qualquer legitimidade partidária, desde que cumpridas as formalidades internas, como vai acontecer.

Perante tudo isto o PR pode, mesmo assim, dissolver a AR com base em análises políticas subjectivas, mesmo que o Conselho de Estado seja contra, mas aí está a interferir no regular funcionamento das instituições, na vida partidária, e no voto expresso democraticamente pelos portugueses há dois anos e meio.

Agora poupem-me é com a “legitimidade moral”, o Guterres, etc. Quando á dois anos e meio votámos, fizemo-lo num partido e não numa pessoa, isso é nas presidenciais.

terça-feira, junho 29, 2004

SMS

A TMN antevendo as novas tendências de mercado, criou esta semana o pacote “My PS”, com descontos especiais em mensagens para as 5 primeiras manifestações...

Durão Barroso nomeado pelos líderes europeus...


"Designa-se José Manuel Durão Barroso como a personalidade que o Conselho se propõe nomear presidente da Comissão para o período compreendido entre 01 de Novembro de 2004 e 31 de Outubro de 2009"

Não existe UMA verdade. Somente diferentes níveis de miopia.

Preparai a matança para os filhos
por causa da maldade de seus pais
.

(isaias 14:21-22)

sexta-feira, junho 25, 2004

"A PORTUGUESA"

Ó inglês embriagado,
Queres ouvir este meu fado?
Bebe mais duas ou três,
E ouve-me este português.
Tu sabes que o hino nosso,
Nasceu de um ultimato vosso,
E no passado nos humilhou,
Mas nosso povo protestou?
Houve quem teve a coragem,
De escrever “A Portuguesa”,
Unimos mãos – como ontem ,
E protestou-se com firmeza?
Pois cantemos então,
Mais uma e outra vez,
Que o povo português,
Tem força no coração.
Marcaram vocês primeiro,
Como é vosso costume.
Mas não soltando nenhum queixume,
Tentamos golo certeiro.
Com os canhões, atacamos,
E vocês sempre à defesa,
Sempre nós acreditamos,
Que ganharíamos com justeza.
Postiga entra, Figo sai
Que foi bravo também,
Mas com cabeça, por encanto,
Postiga marca. Repôs-se o Bem.
Humilde, nosso povo,
Gritou alto e vos calou,
Mas calma, estimado inglês,
Pois ainda não acabou.
O melhor estava para vir,
Inglês perto da encosta,
Com o povo a bramir:
Golooooooooo!
Foi golo de Rui Costa!
Arrepiou o país inteiro,
Até as lágrimas derramou,
Mas arrogante inglês, sorri,
Porque vosso país marcou.
Cantou-se “A Portuguesa”
Por uma última vez,
Ricardo com firmeza,
Mostrou a garra de português.
O país festejou assim,
Com alegria, cantando,
O português mandou assim,
O inglês embora, andando.
Mas vá lá, mau não foste,
Estavas só embriagado,
Mas, inglês: escuta! Ouviste,
É a voz do nosso fado.

EFB – 25/06/04

"A PORTUGUESA"

Quando da implantação da República em 1910 "A Portuguesa" aflora espontaneamente de novo à voz popular, tendo sido tocada e cantada nas ruas de Lisboa.
A mesma Assembleia Constituinte de 19 de Junho de 1911, que aprovou a Bandeira Nacional, proclamou "A Portuguesa" como Hino Nacional.
Era assim oficializada a composição de Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça que, numa feliz e extraordinária aliança de música e poesia, respectivamente, conseguira interpretar em 1890, com elevado sucesso, o sentimento patriótico de revolta contra o ultimato que a Inglaterra, em termos arrogantes e humilhantes, impusera a Portugal.

E ontem cantamos alto e bom som. VIVA PORTUGAL!

Espanha... Inglaterra...


Aconteça o que acontecer, depois de ontem, Portugal já fez um GRANDE Europeu.

O único apontamento pessoal que deixo vai para Rui Costa. Depois de tudo o que se disse e escreveu sobre ele, em particular após o jogo com a Grécia, Rui Costa saiu do banco e marcou um golo fantástico, porventura mesmo o melhor do Europeu até ao momento. Talvez não estaja ali só por estatuto...


Sem luvas... e com muita classe!!! SOMOS OS MAIORES

quinta-feira, junho 24, 2004

quarta-feira, junho 23, 2004

Mais um ano

Apróxima-se. Está quase aí. O Meu aniversário, mais um ano... um quarto de século mais um. O tempo passa a correr, num piscar de olhos... e se os fecharmos sem nos apercebemos que passou, ficamos uns cadáveres deambulantes... a vida passa sem se viver.

Mais do que em qualquer outra altura, esta é a fase em que revejo o que fiz, o que mudou, o que era e o que sou, olho para trás, um ano atrás para ver, sentir a pessoa que me tornei.
E se me é permitido dizer algo sobre este último ano que passou, será que definitivamente não fui um cadáver deambulante. O MEU Quarto de século foi sem dúvida o mais agitado a nível pessoal, que na verdade é o que importa. O meu trabalho é apenas o que faço, o que sou é muito mais.
Durante este ano vivi a grande desilusão da minha vida, uma desilusão que me permitiu alcançar (hoje) um sonho para além da minha imaginação.
Durante este ano vivi experiências que nunca antes tinha vivido. Sofri e também fiz sofrer. Conheci-me melhor. Descobri ter forças que não pensava ter. Conheci melhor as pessoas que me rodeiam, os Meus Amigos (e o valor que dou a esta palavra). Amigos... nem bons nem maus, nem melhores, apenas essa palavra tão valiosa fechada em si... conheci-vos melhor... e vocês a mim!
Conheci melhor quem pensava já conhecer totalmente, consegui surpreender-me...
... infelizmente, no que toca ao seu valor...
... felizmente, no que toca ao meu valor.

Num ano de muitas emoções, vivências, experincias, de crescimento e desenvolvimento, o melhor sabor ficou guardado para o final. E como sabe bem.

Um ano contêm muitos dias, horas... imensas oportunidades para cometermos erros... mas se alterasse uma única vírgula ao livro que escrevi durante este período, então hoje não teria estaria aqui a rabiscar estas linhas... a viver estas linhas. Não me arrependo de nada do que fiz, não peço desculpas a ninguém, nem quero que me peçam a mim. Pode parecer arrogante da minha parte, mas não é. Sempre pautei as minhas acções, comportamentos e pensamentos pelos meus valores. Faze-lo, pedir desculpas, seria desacreditar quem acreditou em mim, desvalorizar as acções de quem considero Amigo, minimizar-me. Poís se elimino o mau, tiro o valor ao bom.
Não me arrendo do que fiz, aprendi a lutar com mais força, a não desistir, a apreciar com o devido valor.

Estou aqui, um ano depois, mais vivo, a sorrir para o mundo, o meu coração acordou... apaixonado.
Hoje olho para trás, para um ano atrás, com um sorriso, não um sorriso melancólico, não de saudade do que se viveu... mas com um sorriso de alegria, expectativa, do que passou para me trazer até aqui, até hoje... para viver o que sinto neste momento. Um sorriso de quem respira ofegantemente, de quem sente um aperto apaixonado no peito, de quem vê a felicidade nos olhos castanhos de um rosto divino.

Um ano depois, o meu obrigado a quem amo, a quem respeito, a quem compartilha o meu espaço... e também a quem tem a paciência para me ler. A todos, obrigado.

Lá se foi o descanso...

Tinha uns dias de descanso marcados... e foram à vida! O píor é que nem sequer me pediram para desmarcar, foi iniciativa minha. Sou mesmo pato...
Por que é que não sou como a grande parte deste pessoal, que se está bem a borrifar para isto. "Storm, não sei se já falamos sobre o assunto "X"? Ah não... é que temos que recalcular umas coisitas, não sei bem o impacto, mas é desde de Janeiro..." (então o que é que este gajo sabe afinal???) Mas não, eu sou o típico otário que não fica sossegado enquanto não cumpre os objectivos... para depois levar uma palmadinha nas costas!
E ouvir o discurso "é pá, desculpa lá este aperto, mas garanto-te que desta vez é que fica..." (até à última semana do próximo mês... samo old, same old). Ou melhor ainda, ter a absoluta certeza que a pessoa não faz a miníma ideia sobre o que está a falar... fantástico... uns comem, outros... são comidos!!!



Encanto de Alma

E como que por encanto
Minh’Alma
Evade-se.

Desperta
Estrelas…

Marés.
Aflora
Recordações.

Manhãs
Amenas
Relembram-me
Encantos

Mágicos
Astros
Rodopiam
Incessantemente
No vazio
Hoje.
E para sempre
Inventando
Recônditos
Ocasos…

Hoje...


Sentes-te abatida, angustiada, por um trabalho crescente, por uma liberdade condicionada.
Quero sair daqui, voar até ti. Confortar-te. Acalmar-te. Mas estou preso... uma cadeira, um teclado, preso a um esforço mecânico diário do labor.
Não posso ter-te a meu lado, mas ao olhar o que te afecta não fica escondido.

Dormente...
Deixo o tempo correr por entre os dedos, para que com eles possa entrelaçar um sorriso no teu rosto.
Nesse momento já estaremos juntos...

Talvez possamos ver o luar... livres do trabalho, das inquietações... livres.

Sentir-te animar, reanimar o brilho no teu coração... sussurrar segredos.

Judith Beheading Holofernes


Judith Beheading Holofernes; 1598; Galleria Nazionale dell'Arte Antica, Roma

Pintor italiano, Michelangelo Merisi ficou conhecido como Caravaggio, o nome da aldeia onde nasceu em 1573, situada perto de Milão.
Turbulento e desordeiro, irreverente e controverso, foi provavelmente o mais genial e revolucionário pinto do seu tempo.
Acabou por morrer, em 1610, num pequeno porto toscano com um ataque de malária, contraída durante uma passagem pela prisão local, vítima de um mal-entendido. As últimas obras, realizadas em Malta e na Sicília, acentuam a simplicidade das formas e o poder dramático criado pelo contraste entre a luz e sombra. A sua influência é sobretudo assinalável nos artistas flamengos e holandeses, o que inclui Rubens e até Rembrandt e os pintores da escola de Utrecht. Vai ainda influenciar a pintura espanhola, designadamente Velásquez e Murillo.

Foi a coligação

Ouvir Telmo Correia a falar é um verdadeiro exercício de perspicácia mental... diria mais, de sanidade mental. É que se concordares ou aceitares o que ouves, meu amigo, tás tramado.
Ontem na reunião da Comissão Política do CDS/PP, Telmo Correia afirmou que "não foi o CDS-PP quem perdeu, nem foi o PSD, foi a coligação". Palavras para quê, é o verdadeiro político português...

terça-feira, junho 22, 2004

War President

A mosaic of soldiers who have died in Iraq...



"It's a mosaic composed of the photos of the American service men and women who have died in Iraq. No photograph is used more than three times. I call the image 'War President'".



"Given this image's inflammatory nature, I posted it with a great deal of trepidation. I had a hard time deciding if it was the right thing to do and I am still not sure. No, I didn't have the consent of the families of those pictured, and I apologize for any additional pain that this image causes them. That said, I must say that it is my belief that one distinguishing characteristic between art and other forms of speech is that art takes risks, and if we, as a society, value art we must allow it more leeway than other modes of expression to incite or offend.

'War President' is meant to be a satirical commentary, informed by the whole project of using the dead as political props. I'm not making a dime off the image, and never will attempt to do so. Given this lack of financial or other crass motives, other recent instances of the politicization of the dead strike me as more morally questionable: the coffins of the victims of 9/11 showing up in a political advertisement, the continued suppression of images of the funerals of those lost in Iraq from the mainstream American media, and images of the 9/11 disaster in a campaign ad. A certain party stands to benefit greatly from all three of those instances of politicization.

I'd also like to point out that 'War President' is an image. It is not a textual statement or rhetorical argument. An image is like an empty room and any message that one reads in that room necessarily came in the baggage one carried when one walked in the door. If I made a mosaic of George Washington composed of images of the American dead from the revolution, would viewers likely take that image as an indictment of Washington? I submit that they would not. It would be viewed as a monument to the dead and a celebration of a great leader, a somewhat maudlin monument maybe but surely not offensive. The fact that 'War President' is not viewed such a manner is not due to any intrinsic property of 'War President' but lies somewhere else."


Os accionistas de Bush

Quando George W. Bush subiu ao poder encontrávamo-nos no início de 2001 e o barril de crude comprava-se em Nova Iorque por 26 dólares. Um ano depois, e na sequência dos ataques do 11 de Setembro, os EUA declararam guerra aos Talibãs no Afeganistão por, alegadamente, albergarem Osama Bin Ladin. O barril valia 17 dólares. Após uma vitória fácil, a colagem dos atentados ao Iraque de Saddam Hussein prevaleceu, mesmo contra a posição da ONU e da comunidade internacional.
Sabemos hoje que um dos principais motivos para tentar retirar Saddam do poder era «o equilíbrio geopolítico da região», nas palavras dos analistas, e que se traduzia na necessidade dos EUA meterem na ordem um país que constantemente desestabilizava o mercado do «ouro negro» com a negociação – quebrando o embargo – do crude. Um ano após a deposição de Saddam, o insucesso na implementação da democracia e os ataques avulsos da oposição iraquiana aos EUA arrastam Bush para umas eleições que prometem, em Novembro, ser bem dolorosas. Qualquer que seja o resultado.
O que parece vir ao de cima – com a catástrofe na gestão de política externa americana – é que, ao longo de um mandato em que o mundo ficou mais perigoso graças a si, Bush soube agradar a alguém. Não foi a Israel, muito menos aos eleitores americanos ou aos que combatem o terrorismo. O compromisso de Bush foi, tal como um CEO de uma empresa, criar valor para os seus accionistas: os «lobbies» do petróleo, da defesa e do armamento que o colocaram no poder. E nesse departamento, os accionistas não têm razões de queixas. Á umas semanas, o petróleo atingiu o valor mais alto de sempre.
As opções de Bush podem agora resultar, em Novembro, numa hecatombe política. Porque o presidente esqueceu-se que os eleitores são a sua principal fonte de capital. Eles é que são os verdadeiros accionistas.

segunda-feira, junho 21, 2004

NUNO "ÁLVARES PEREIRA" GOMES

Bem.....

Sobre o jogo de ontem, eu queria dizer o seguinte:


PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!

GRANDA MALHAAAAAAA!!!!!! OLÉ, ESPANHOIS!!!! PORTUGAL!!!PORTUGAL!!!PORTUGAL!!!PORTUGAL!!!PORTUGAL!!! FIGO........OLÉÉÉÉ´!!!! DECO........OLÉÉÉÉ!!!!! NUNO GOMES......GOLOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!! PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!PORTUGAL!!!!

Esta é a minha opinião sobre o jogo de ontem.

domingo, junho 20, 2004

PORTUGAL

GANHAMOS... ESTAMOS NOS QUARTOS...



GRANDE NUNO...

Perfeição, é só o que tenho a dizer sobre este jogo... para além de estarmos nos quartos-de-final... Eliminamos os "nuestros hermanos"!!! LINDO, LINDO, LINDO!!!

sexta-feira, junho 18, 2004

Fim de Semana... Finalmente!!!!!!!


Divirtam-se.....

Pensamento do Dia...

"Se não puder ajudar, atrapalhe.

Afinal o importante é participar!"

Política Orçamental: um exercício de IRRESPONSABILIDADE Política

Atingir um consenso económico pode demorar uma década a ser conseguido, mas bastam uns anos, dois são o suficiente, a destruir. Políticas orçamentais de longo prazo são postas em causa com atitudes de irresponsabilidade fiscal, truques e artimanhas de curto prazo por parte dos políticos que ocupam lugares de “responsabilidade”, cujo o objectivo final é garantir popularidade e mais uns “anitos” na cadeira, com uma reeleição.

O principal problema da política orçamental é que pode ser utilizada com propósitos não económicos, mas sim por políticos com o objectivo de obterem popularidade junto dos eleitores, com cortes nos impostos e aumento da despesa, engordando assim os défices públicos de uma forma descontrolada, criando um problema para o futuro, que raramente é resolvido por quem o criou, poís a política “simpática” garante uma reeleição e uma retirada em glória, antes da crise.

Com uma base económica nacional estável é possível aguentar tais medidas durante alguns anos, mas os défices orçamentais crescentes obrigarão a que se procura travar o aumento da dívida pública, obrigando à adopção de medidas económicas de sentido oposto.
No futuro torna-se necessário realizar aumentos na colecta de impostos ou pela redução da despesa pública, ou pela implementação de ambas.
Estas plíticas “populistas” acentam sempre em redução de impostos, acompanhadas com aumentos de despesas na educação, saúde e segurança social, e em estados de direita, defesa nacional e armamento. Se a estas acções juntarmos o envelhecimento da população, que ocorre na Europa e raramente é considerado em estudos económicos, então estamos claramente perante uma inevitabilidade de aumentos significativos dos custos dos sistemas públicos de saúde e pensões para o futuro. Sendo sendo que em Portugal os fundos de pensões têm sido utilizados como almofadas orçamentais... pintar as contas públicas.
Com tantos exemplos destes factos (por todo o mundo vamos tendo exemplos destas políticas e suas consequências) o que se assiste é a uma despreocupação da população, tanto por não entenderem as consequências de longo prazo oupor pura e simplesmente não se preocuparem. Estatisticamente, cerca de 10% da população beneficia de cerca de 50% dos cortes fiscais destas políticas, sendo que no futuro será a restante população, a classe média e baixa, que suportará a factura.
Em Portugal assistimos a uma redução do IRC, mas o IRS? Tem aumentado. E os benificios fiscais? Cada vez mais reduzidos.
O acerto da política orçamental obrigará a cortes drásticos na despesa social e de saúde. Medidas impopulares. Assim sendo, a estratégia que assistimos de cortes de impostos está condenada ao fracasso.
Acontece que se defende os cortes fiscais como medida de recuperação económica. Este pensamento está errado. A economia pode entrar em recuperação sem cortes nos impostos, já que se trata de um errro aplicar políticas fiscais com efeitos de longo prazo em ciclos económicos de curto prazo.
Uma solução para estes “abusos” passaria pelos governos serem obrigados a anexar avaliações orçamentais de longo prazo com as suas propostas para os orçamentos anuais, limitando assim a tendência de manipulação orçamental.

Porque é que eu não os Suporto?

Engraxadores sem caixa

há aos centos na cidade,

que só usam da tal graxa

que envenena a sociedade
.

António Aleixo

Pelo menos já é sexta

Dois dias sem trabalhar, mas a secretária não apanhou pó... os papeis que me deixaram impediram isso!

Estou tão feliz.......

terça-feira, junho 15, 2004

Jogos on-line

Um joguito para "puxar pela cabeça"...



Antigamente jogava estes jogos com palitos ou fósforos, mas no século XXI...

segunda-feira, junho 14, 2004

Já me vou "pirar"..



São 22h45… acabei agora de trabalhar. Estou estafado. Os olhos estão turvos, o brilho da manhã deu lugar a um olhar embaciado e um rosto abatido… foi um dia puchado. Já tive pior… já fiz directas! Serei um viciado no trabalho, um workaholic??? Talvez… mas acima de tudo sou ogulhoso, brioso no que faço e nunca deixo que me apontem o dedo, por mais impossiveis que sejam os prazos a cumprir… por mais incompetentes que sejam as pessoas que os determinam. Estou mesmo cansado… acho que já nem sei o que estou para aqui a escrever.

Também não tem importância, nunca escrevi nada de jeito mesmo, não seria agora que me começaria a preocupar.

Tinha umas ideias para escrever, mas conforme me liguei ao blog… puf, foi-se! não ficou nada!
Acho que vou para casa..

São 22h55… e o/a colega que saíu antes de mim ligou o alarme anti-roubo… eu ía urinar ao wc (peraí, acho que a estas horas já posso escrever mijar, não posso? Mesmo que não possa estou cansado e por isso tudo se desculpa) e por pouco não fiquei pelo meio do caminho, foi complicado conter a enxurrada, a barragem esteve prestes a ceder… só para que percebam (esta está boa, percebam pressupõe que exista mais que um leitor deste blog… tiram os dois gajos que aqui escrevem… ora de X tira 2, isto elevado ao cubo, aplicando a regra de 3 simples… ora, dá… Zero! Boa) … ah, voltando à estória… o alarme, é de um toque tão suave que se estivermos no rés-do-chão, os tímpanos quase rebentam… a empresa é num 7º andar! Palhaços… não sabem verificar se ainda está cá pessoal…
os tímpanos, essas cavidades irregulares, situadas na porção mais interna e terminal do canal auditivo externo do ouvido médio onde existe uma membrana que vibra com as ondas sonoras, agradecem que VEXAS, seus montes de mer#$, usassem a visão, essa função sensorial pela qual os olhos põem os homens e os animais em relação/contacto com o mundo externo, conjugada com a locomoção, acção ou efeito/capacidade de se transportar de um lugar para outro... e verificassem se não está mais ninguém a trabalhar.
Muito gratos, os Týmpanon, também conhecidos como a merda dos tambores dentro dos oregues.
Mas não era isto que eu queria escrever... e não é que não me lembro! Mas era fixe... acho eu?!?

Mas agora é que é. Vou me pirar... em dias como este ainda bem que Existes, mesmo cansado, estafado, surdo... mesmo assim, ainda consigo ir para casa a sorrir.


sexta-feira, junho 11, 2004

As coisas

Quem não sonha ter as suas coisinhas? Toda a gente, ninguém o negue. E todos os dias temos dentro de nós um desejo efémero de não voltar para casa, sem ter comprado alguma coisa. Algo de estranho nos corre nas veias que faz com que desejemos tudo. Ultimamente, aquilo que quero não encontro, e nestes tempos de crise, gracejo um bocadinho e penso que seja o meu anjo da guarda a manifestar-se que não quer que eu leve alguma coisa nestes tempos de crise. Uma coisa é certa: Ninguém pode ter tudo pois não há tempo para isso. Eu já tinha escrito neste espaço sobre o tempo ser escasso e precioso nos dias de hoje. E se não há muito tempo, para que é que eu quero ter quase tudo na minha casa, sem ter tempo para usufruir desse 'tudo'? Mesmo ao escrever estas palavras vejo que é tempo de me ir embora, não para estar com coisas, mas dizer ou fazer coisas com pessoa que gosto.

Há uma diferença entre coisas: umas enriquecem-nos espiritualmente, e curiosamente, não são muito caras (quanto custa um pôr-do-sol, por exemplo? Quanto custa um Kg de beijos doces de quem gostamos? Quanto custa um sorriso de um puto feliz?)
As outras, enriquecem o nosso exterior mas tornam-nos escravos do nosso querer (Se eu trabalhar 20 horas durante 6 meses, consigo ter aquela televisão que custa 5000 euros, que dá para ver os pontos negros dos artistas; Se eu trabalhar 48 horas por dia durante 70 anos, conseguimos ir à Lua)

É tudo uma questão de opções e equilíbrio e digo-vos que não sou diferente dos outros. Simplesmente recuso-me ser escravo das coisas que nem sequer falam comigo.

Bom fim-de-semana e FORÇA PORTUGAL NO EURO2004!!!






Falamos à pouco, senti-te triste. É do cansaço? É da saudade?

O sol aquece-me a pele, o corpo dobra-se na tentativa de alcançar, mas está vazio... o calor do coração está longe. Espaço, apenas.
Quero beijar-te, sentir o cheiro da vida... tua vida.
Quero trazer-te entre os olhos, o alimento do meu coração... o teu amor.
Tens olhos cor de amêndoa, meigos, experssivos, que me rasgam de desejo.

Ainda sinto as caricias quentes dos teus dedos, o sabor do teu sorriso...
Sinto em ti o prolongar da minha existência...

Sinto um sonho, tenho tanto para te dizer, espero que não te importes, mas ainda é cedo demais, quero dizer-te ao ouvido enquanto sinto a tua respiração. Já falta pouco...

Enquanto escrevo estas linhas o meu irmão decidiu fazer o seu próprio almoço... o comentário da cozinheira cá da zona foi... “mas o arroz está cru... e sem sal”... ao que o meu irmão responde, após uns segundos em silêncio a olhar para o arroz “eu gosto dele assim”...

quarta-feira, junho 09, 2004

Esperança

Será que deitei fora,
Rara oportunidade,
Terá sido minha vaidade,
Que me envenena agora?
Fui eu que, certamente,
Fui demais veemente,
Que num ímpeto de ira,
Me conquistou a mente.

No seio bem não estava,
E porquê? Assim sentia,
De início desprovia,
De qualquer maneira, amava.
Será que é a resposta,
Ou será uma mal posta,
Questão que, indisposta
Põe, quem não acreditava.

O sangue que corria,
Num inquieto rio,
Escorria a bom fio,
E no seu curso seguia.
Mas em tal triste hora,
Fui mandado embora,
Ou será que em boa hora,
Meu anjo! Quem seria?

Esperarei que agora venha,
Um vento furioso,
E que ponha, venturoso,
Na lareira toda a lenha
E quem no seio aceita,
Minha força se ajeita,
Que um anjo esteja à espreita,
E dele o bem provenha.


EFB - 08/06/04

ANTÓNIO LUCIANO DE SOUSA FRANCO

e o que é a nossa vida
senão um traço que aparece
por um momento?

Nascido em Lisboa, 61 anos, casado com Matilde Sousa Franco.
Doutor e agregado em Ciências Jurídico-Económicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, formação pós-graduada, em Economia pela Universidade de Paris (1965). Professor Catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa -FDL- (desde 1979) e da Universidade Católica Portuguesa – UCP (desde 1972), tendo sido oito anos Presidente do Conselho Directivo e dois anos Presidente do Conselho Científico da FDL (até 2004), seis anos Director da Faculdade de Direito da UCP e Professor Jean Monnet de Direito Europeu.
Membro do Conselho Editorial da Common Market Law Review (Leiden ed.Kluwer), da Revue Française de Finances Publiques (Paris), além de outras seis revistas científicas portuguesas, brasileiras e cabo-verdianas, tendo cerca de 300 obras científicas no domínio das Finanças Públicas, do Direito Económico e do Direito Comunitário Europeu em nove línguas. Sócio da Academia de Ciências de diversas instituições científicas. Consultor e gestor, governador e consultor de diversas organizações internacionais (CFMI, BM, BERD, BEI, PNUD) administrador de empresas (com destaque para a Caixa Geral de Depósitos, 1974-1975). Na área política, foi, no PSD (1974-1979), membro do Secretariado Nacional e Director do Gabinete de Estudos (1974-1975), Vice–presidente (1975-1977) e Presidente (1977-1978); e Presidente da Acção Social-Democrata Independente (1979-1982). Deputado à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa (1976-1979) e 1980-1982, neste caso eleito em nº2 da lista da FRS, a seguir aMário Soares). Secretário de Estado das Finanças (1976, com o Ministro Francisco Salgado Zenha) Ministro das Finanças (1979-1980, no Governo de Maria de Lourdes Pintasilgo) e, de novo, em 1995-1999 no governo de António Guterres quando Portugal foi membro fundador do Euro). Primeiro Presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus (1979) Presidente e Vice-presidente da Comissão Parlamentar de Economia Finanças e Plano (1976-1978). Presidente da Comissão que elaborou a 1ª Lei de Imprensa do regime democrático (1974), que vigorou de 1975 a 1999. Presidente do Tribunal de Contas (1986-1995), membro e Vice-presidente do Conselho Nacional de Educação (1987-1993). Representou o PS no Partido dos Socialistas Europeus (1996-1999), sendo redactor da declaração de Atenas sobre “Crescimento, emprego e coesão social” (1997), cujo primeiro subscritor foi Jacques Delors, e da declaração do PSE “A nova via económica. Reformas Económicas na UEM” (Bruxelas,1998).

Sousa Franco, 61 anos, morreu esta manhã após ter sofrido um ataque cardíaco.

terça-feira, junho 08, 2004

Momentos únicos



Só voltará a repetir em 2117... eu já não estarei cá!

Estes "fenómenos" irrepetíveis durante esta nosso curta estadia neste mundo... eclipse do sol, da lua, alinhamento dos planetas, passagem de cometas...

"só se voltará a repetir daqui a 200 anos", “só em 2215 é que voltaremos”

... para nós, mortais, são irrepetíveis, únicos... tal como o nosso primeiro beijo, o primeiro dia de escola, o nosso primeiro amor, o nosso verdadeiro amor, o nascimento de um filho, momentos impossíveis de repisar...
por isso especiais... por serem um exclusivo nosso,
por isso espaciais... por preencherem o vácuo existente entre a nossa derme e a nossa imaginação.

Só voltará a repetir em 2117... mas eu não o repetirei. Esta consciência intíma que me faz abraçar de perto as pequenas coisas da vida, o irrepetível, o fugaz e aquilo que de tão efémero por vezes quase parece invisível... únicos. Cada um deles singular no tempo em que ocorre, na experiência que nos proporciona, na emoção que nos concede. Momentos irrepetíveis que acontecem a gentes e lugares e muitas vezes ficaram ausentes da memória... Invisíveis... não os percas e sobretudo, não os esqueças.

É esta singularidade no seu somatório que nos dá a razão, nos torna Poetas a viver a sonata destes momentos.

São o sal da vida, esta comezaina que nos aguça o palato que é a vida, esta peça musical em que as partes divergem em carácter e andamento, desperendidos do fio luminoso da impossibilidade.

A vontade de escrever surgiu do comentário de um amigo a um post anterior, Obrigado Edmond. O sentido do que escrevo nasce do amor que sinto, Obrigado L.


Se os bichos se vestissem como gente

BICHOS NO BARREIRO

"Se os bichos se vestissem como gente" é o título de uma exposição de ilustrações de Teresa Lima que está patente ao público desde sábado passado. O local é o Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, onde decorreu a exposição da Ilustrarte, e a exposição pode ser vista até ao dia 25 de Julho no seguinte horário:
2ª-6ª, 15h-22h
Sáb., Dom., Fer., 10h-20h





Trânsito de Vénus


O fenómeno só voltará a ser visível em Portugal no ano 2117.

Gatos


Adeus, gato Neo

Havia um gato que vivia no 7º andar no nosso prédio, de cor alaranjada e pincelado com as mais belas listas escuras, e nos olhava como se nos escutasse a nossa alma com os seu olhos amarelados.
O gato chamava-se Neo, em homenagem à personagem do filme Matrix, devido aos saltos acrobáticos que dava em casa dos seus donos...

Desculpem este pequeno conto felino, mas os gatos fazem e farão sempre parte da minha vida, e quis dizer um úlitmo adeus a este gato nosso vizinho, que faleceu ontem à tarde. Não preciso dizer como faleceu. Apenas quis partilhar convosco um "Adeus ao Gato Neo, e vai ter com o Tucho que vais ter companhia para brincar"

Edmond e Haydée

sexta-feira, junho 04, 2004

Eleições, Pontes e vergonha na cara…

António Costa diz «não me surpreenderia mesmo nada se dessem agora a primeira boa notícia aos funcionários públicos em dois anos que era dar a tolerância de ponto no próximo dia 11. Tudo farão para ter abstenção».
Recuando um pouco no tempo, saltamos para 1999, ano de eleições europeias e com o PS no Governo. Em 1999 quando foram as eleições europeias na altura, este senhor estava sentado na cadeira do poder, houve um feriado na quinta-feira anterior às eleições e foi dada ponte à função pública.
Que nojo de gente! Não existe vergonha... mas o que se espera deste senhor, todos se devem lembrar da forma como este ex-Ministro da Justiça reagio aquando da detenção de Paulo Pedroso... este tipo não tem um pingo de vergonha na cara!

Mais, António Costa remata ainda com esta pérola, de que o Governo tentará «tudo fazer para elevar os níveis de abstenção».
Muito bem, umas perguntas... responda quem souber:
- qual a possição dos diversos partidos sobre o alargamento da UE e o seu impacto para Portugal?
- o que pensam eles fazer para minimizar eventuais efeitos negativos em futuras negociações estruturais?
- qual é o entendimento dos diversos partidos, no que respeita à nova Constituição Europeia, a sua relevância, o que mudará para o futuro?
- o que pensam os candidatos sobre o papel da UE no panorama internacional, já que os recentes casos do Iraque e Israel demonstram uma clara fragilidade e incapacidade de se assumir como bloco?
- qual a posição dos partidos sobre a imigração? E a luta contra a criminalidade?
- e em questões de política monetária, o que pensam sobre a inaptidão do BCE em antever e precaver as acções dos EUA e da sua Reserva Federal?

Estas e outras questões EUROPEIAS (acho que estamos a falar de eleições europeias certo... ou será legislativa???), alguém me sabe dizer uma, apenas UMA posição ou afirmação defendida por qualquer um dos candidatos, dos nossos potenciais representantes ao mais alto nível, sobre questões europeias... é que sobre defeitos físicos e o défice público eu já ouvi bastante, mas como penso em votar para o Parlamento Europeu e não para o Mister Beleza Europa 2004, gostaria que me ajudassem. Por favor eu agradeço.

E mais uma questão. Uma sondagem diz que metade dos portugueses não pensa votar nas próximas eleições, isto porque 46,4% acha que as “eleições europeias não lhe diz nada”. Esta opinião fantástica, a razão da sua existência não estará ela na própria classe política... e custa-me bastante escrever a palavra “classe” antes de “política”.

Para quem queira saber mais (ou mesmo alguma) coisita sobre o que vai acontecer no dia 13 de Junho pode passar pelo Dossier especial da TSF sobre as Eleições Europeias 2004.

"Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho; não se
governa nem se deixa governar
!"
(parte de uma carta de um general romano ao seu imperador, quando da
conquista da Península Ibérica pelos romanos, no sécullo III a.c.)

A PJ “mete medo a muita gente”... parte 2

O director da Polícia Judiciária não tem que dar explicações na Assembleia da República sobre as alterações na PJ do Porto, defendeu hoje o primeiro-ministro Durão Barroso, que afirma ter «plena confiança» nesta instituição.

«Compete ao Governo nomear a direcção nacional da PJ. Tenho total confiança nela e os partidos políticos não devem imiscuir-se nas questões de funcionamento interno das polícias, senão teríamos as polícias partidarizadas», frisou.
«Quem responde perante o Parlamento pela PJ é o Governo, que deve dar explicações se for caso disso. Neste caso, já disse que temos plena confiança na PJ», acrescentou
.

TSF Online

Muito bem dito, sim sr. Primeiro Ministro... separar poderes. mas já agora, porque é que quando foi no caso em que o Portas estava envolvido, meio mundo foi ao parlamento????
Na percebo, na percebo memo...

Justiça: O FUTEBOL PRIMEIRO


"Justiça: Conselheiro troca 'habeas corpus' por final
O FUTEBOL PRIMEIRO

António Costa Mortágua, conselheiro da 5.ª secção (criminal) do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) recusou, no passado dia 21 de Maio, um pedido de 'habeas corpus' com a justificação de que entre os dias 24 e 27 do mesmo mês se encontraria "fora do País".

Na origem da ausência esteve o jogo entre o FC Porto e o Mónaco (final da Champions League, com a vitória da equipa portuguesa por 3-0), realizado no dia 26, em Gelsenkirchen, na Alemanha.

Contactado pelo CM o magistrado em questão, também presidente do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), confirmou a "ausência do País para assistir à final da Liga dos Campeões", acrescentando ainda ter "solicitado ao vice-presidente [do STJ] a redistribuição do processo", como, de acordo com as suas palavras, "é normal nestas ocasiões".
..."

A definição de prioridades é pessoal e incontestável, certo???

quinta-feira, junho 03, 2004

Jornal PÚBLICO... ou pasquim dos amigos?

"CR do 'Público' demitiu-se

O Conselho de Redacção (CR) do Público demitiu-se ontem em bloco, após o director do jornal, José Manuel Fernandes, se ter recusado a reunir-se com aquele órgão.
Na origem desta tomada de posição está uma notícia do jornalista João Ramos de Almeida, relativa à situação fiscal de Manuela Ferreira Leite. A direcção retirou a notícia da edição de sexta-feira do jornal, o que levou à demissão da editora de Nacional, Ana Sá Lopes. A jornalista não reconsiderou essa decisão.
O CR acusou a direcção de ter praticado um acto de censura e reafirmou, num comunicado de ontem, que a notícia deve ser publicada.
O caso levou a uma primeira tomada de posição, sexta-feira, do CR e dos jornalistas da secção de Nacional. Sábado, foi a vez de o director enviar um comunicado à redacção, reivindicando o direito da direcção de retirar peças do jornal.
José Manuel Fernandes recusou-se a receber, ontem, o CR , alegando que este tomou posição sobre o caso sem ouvir o director, que é membro, por inerência, do CR.
José Manuel Fernandes recusou-se a comentar o caso, tal como os membros do CR. As eleições para o órgão representativo da redacção foram convocadas para dia 16."

Já hoje "bati" no PS... tá na hora do (des)Governo...

A PJ “mete medo a muita gente”...


Adelino Salvado afirma que há “forças” que tentam impedir a eficácia das investigações...
Realmente, já não posso com este pessoal que só sabe falar sobre sí na 3ª pessoa...

E quem é AS?
Salvado é amigo da Cardona, a Cardona é amiga do Portas, o Portas amigo dos Laranjas, os Laranjas são amigos do Valentim. Demitiu a directora adjunta Maria José Morgado. Ah, o gajo é também Director Nacional da PJ, mas isso não deve ser importante... o Adelino “Forças” Salvado.


O Director da PJ para a Directoria do Porto apresentou demissão do cargo, devido a uma investigação da PJ de Coimbra que envolve o seu pai e irmão. O cargo em aberto foi ocupado pelo Director da PJ para a Directoria de Coimbra, responsável pela investigação que levou à demissão do primeiro. Os subdirectores colocaram o cargo à disposição após este facto. Conclusão... a cabeça da investigação “Apito Dourado” foi decapitada. São apenas coincidências, mais nada (espero!!!)... mas da dúvida ninguém se livra.
“à mulher de César não basta ser séria...”
(...) "ontem à noite, Teófilo Santiago e João Massano, os homens que pensaram e dirigiram a operação "Apito Dourado", ainda nem sequer tinham sido oficialmente informados do afastamento. Souberam-no pelos jornais, nomeadamente pelo JN, que ontem dava conta da nova equipa. Teófilo Santiago deverá agora pedir transferência para Aveiro, na qualidade de coordenador superior. Massano deverá aceitar uma comissão de serviço fora do país.
A substituição está longe de ser pacífica e não é encarada como um procedimento normal na PJ. Tratando-se de um assunto do foro pessoal de Artur Oliveira (que apresentou a demissão depois de o pai e do irmão terem sido detidos), nada faria supor que os subdirectores fossem substituídos. Não foi assim noutros momentos da vida da PJ, designadamente na directoria do Porto, onde não há memória de um subdirector ter sido "despromovido" e colocado como coordenador numa inspecção.
Aliás, o último caso conhecido de despromoção aconteceu precisamente com a direcção de Adelino Salvado e o alvo foi o número dois de Maria José Morgado. Carlos Farinha está hoje à frente da secção que investiga o fogo posto, em Coimbra, depois de ter sido sido subdirector do combate à criminalidade económica.
Refira-se ainda que, no mesmo dia em que os subdirectores da PJ do Porto souberam da sua substituição pelos jornais, Almeida Rodrigues, subdirector de Coimbra, foi reconduzido. A saída de Ataíde das Neves daquela directoria e a entrada de Mouraz Lopes, um juiz do Centro de Estudos Judiciários, não pôs em causa a sua continuidade."
Jornal de Notícias.

O facto do Director Nacional da PJ ser nomeado pelo Ministro da Justiça permite que este episódio das demissões na PJ do Porto possa ter variadas interpretações.
E quem dirige supostamente um inquérito (diz a lei que é o Ministério Público) e, em particular, a Procuradoria-Geral da República, assiste, serenamente e de braços cruzados, à decapitação de uma equipa que investiga o caso “Apito Dourado”, em que os interesses envolvidos são extremamente poderosos? Diz a lei que os órgãos de polícia criminal actuam, no processo, sob a orientação das autoridades judiciárias e na sua dependência funcional. É evidente que a constituição e afectação de equipas de investigação a essas autoridades tem a ver com a orgânica das polícias. Mas, uma vez constituídas, será que a substituição dessas equipas por outras, sem motivos sérios e ponderosos, não afecta também aquela dependência funcional e, sobretudo, a eficácia da investigação?

A única certeza é o descontentamento de Adelino Salvado, por nunca ter sido informado da investigação “Apito Dourado”, sabendo da sua existência quando este processo já fazia abertura dos telejornais....

O rio de prata

Viram a Lua ontem? Eu vi, e hoje o que saíu foi isto:

Já viste a Lua hoje?
Brilhante!
Cheia de vida,
Inchada de brilho,
À noite, quando ela foge.

Afortunado rio,
Que recebe dela, seu propósito,
Que visto da minha janela,
Confunde-se com uma passagem,
Para uma outra dimensão.
Do luminoso ponto,
Em que a noite estende seu negro lençol,
A Sonhadora emana,
Para o rio a sua prata,
Como salpicasse um pó,
Mágico e misterioso.
Ilusionista és
Ludibriando o mundo,
Que ali há uma passagem,
Para uma outra dimensão.

E escorre o rio de prata,
Em murmúrios tímidos
Exalando perfume a maresia,
Que até nós às vezes chega de dia
Quando os ventos do Norte,
Sopram docemente,
E trazem dos rios e mares,
Generosamente,
A fragrância das silenciosas águas,
Que no véu escuro da noite,
Escorre e desagua,
Minha Sonhadora Lua.
Mas às escondidas, murmurando,
Com passo lento, sussurrando,
Os navios deslizam pelo rio,
Colhendo a prateada luz.

Da janela do meu lar,
Contemplo esta tela,
Que só um sentimento de gratidão,
Me consegue consolar,
E continuar,
A inundar-me de prata,
Neste momento doce de solidão.
Conto as estrelas,
Fecho a janela.
Contemplo uma última vez,
A beleza que o mundo detém.
Talvez amanhã se veja,
Ou não, um rio de prata,
Pois poderá estar ela farta.
E se de dia o Sol for bom,
Contemplo o rio de ouro,
Brilhante e genuíno,
Meu Sol, meu menino,
Pinta com dourado tom.
Que nos nossos olhos brilham,
E nos cegam a visão agreste,
De pensamentos que escurecem,
A alma nos nossos dias.

Bons amigos estes dois irmãos,
O Sol e a Lua,
Que nos doam telas pintadas,
Sem esperarem algo em troca.
Só os nobres são assim,
Não aqueles que se debruam,
Com o vil metal, o ouro.
Esses cegam as próprias almas
Que esquecem por completo,
Que dar à espera de receber,
Não é nobreza:
É avareza.

Se espreitares pela janela,
Dá-me luz, imaculada,
Porque se vou ver o rio assim,
Estarei a ver-te, minha amada.
Para dizer que és formosa,
De me dares tão bela,
Ó Lua, és bondosa
Colorida e nobre tela.

Ó Lua, vem.
Dá-me um vintém,
Sou pobre,
Mas sou nobre,
Não sou avaro,
Para ninguém.

“Toma a prata,
Ela é tua,
Já estou farta,
Nua estar.
És a pessoa,
Mais bondosa,
Que à noite,
Me vem falar”.

A política é chata? Andas a dormir ou k….

Para quem dizia que o discurso político não chegava à população, que o povo não se identificava ou revia na conversa dos políticos, a campanha para as europeias veio provar o contrário.
A verve utilizada nesta campanha está ao nível de qualquer discussão entre dois fogareiros num qualquer sinal stop deste país. Ana Gomes, uma verdadeira peixeira do Bolhão (sem ofensa para o pessoal do Bolhão).
Esta tentativa de fazer chegar a política ao povo está de tal forma, que futuros debates serão transmitidos em sinal codificado no Sexy Hot.
Enfim, falta de ideis e uma confrangedora falta de nível de intervenção. E caso pretendas saber mais um pouco sobre o que os nossos futuros representantes pensam, dá um salto à pagina de opinião do PS... muito esclarecedor, sem dúvida!



Quando de futuro pensares que “não é possível descer mais” baixo, lembra-te destes...

Flor de Paixão

quarta-feira, junho 02, 2004

Ser...

Se meu suplício é ouvir palavras ocas,
O meu ofício é então calar as bocas.

Se o meu tédio é represálias receber,
Curvar-me a alguém será o meu dever.

Se p’ra entreter as massas eu nasci,
Farei tudo,
Com tudo aquilo que eu aprendi.

Mas chegou a hora de descer um degrau,
Descanso agora, por não ser assim tão mau.

Se o meu desejo é só estar e ser,
Paciência, quem não me quer querer.

Se apenas quero ser só e existir,
Para quê nestas escadas vou subir?

Se meus desejos provocam a comichão,
Apenas cocem
Pois ouvirei a voz do meu coração.

Se quero e posso porque não assim fazer,
E às normas do normal não me render?

Se nos meus sonhos nas nuvens posso voar,
Para quê só no real eu vou poisar?

Se eu muito quero e posso e tu não,
Lamento muito ver-te do ar aí no chão.

Se o sonho é crime então sou assassino,
Cometo crimes como quando fui menino.

Se me vês ainda, adulto, como uma criança,
É porque em ti já resta pouca esperança.

Se tu não és então deixa-me eu ser,
Porque ser é nobre, assim como o querer.

Fiz um poema no trabalho

Fiz um poema no trabalho.
Às escondidas como sempre, escrevi um poema a pensar na pessoa que eu amo, enquanto estava a arquivar folhas em pastas. Algumas dessas folhas não sendo para arquivar, escrevi sobre elas, e violei assim mais uma vez, uma das centenas de regras que nos trabalho nos impõem. Se o meu chefe soubesse que escrevo às escondidas...
Querem saber como fiz? Da mente passei para o papel e depois parava. Rasgava e escondia esses papéis, guardava-os no meu bolso das calças, e reiniciava o meu trabalho de arquivador. E quando os pensamentos me assaltavam outra vez, lá ía eu a escrever de novo, rasgar o papel e guardar no bolso.
Só assim consigo escrever.

Edmond

Não se desfaçam dos livros

Ontem folheei um jornal onde tudo se compra, troca e vende. Para perceberem ao extremo destas trocas e 'baldrocas', vende-se Ferraris, e indo ao outro extremo, vendem-se até manuais para fogões.
E houve uma página que me chamou à atenção: a página onde se vende e troca livros.
Livros e enciclopédias de todo o tipo de autores, escritores, compiladores, etc. Livros!!! Um infinito de fantasia e conhecimento. Pois é neste Blog que coloco um anúncio. Quem não quiser os livros que possuem, dêem-mos. Eu fico com eles, e melhor que isso lêei-os todos. Todos!!! Se eu pudesse ficava um mês inteiro a lêr.
Não se desfaçam dos melhores amigos inanimados que são os livros. Leiam e folheiem...como se amassem uma pessoa. E que bom que é amar...

A pressa apressa o passo

O trajecto de casa até ao trabalho pode ser hilariante. Observem as expressões de desespero das pessoas quando esperam, por exemplo, numa fila enorme para comprar o simples e precioso passe dos transportes. Foi por isso que quiz partilhar este poema com vocês.

Abraço a todos

Edmond - 02/06/04




Se de manhã, ao erguer o mundo gira,
A um passo vagaroso de procissão,
De tarde, não há quem interfira,
Na pressa. Gera o pânico, confusão.

Devagar, a passos curtos, bem tento,
Do lugar que venho me dá sustento.
Se lento vou, depressa passo a andar
Um passo largo. Há alguém a empurrar.

Entrando nos subúrbios,
Da cidade barulhenta,
O comboio que se esquece de alguém
As paredes escritas,
Pelos punhos de poetas,
Manchadas, limpas por ninguém.

Olhos fixos no imenso espaço,
Em perdidos sonhos de adolescente,
Em pé, depressa se alarga o passo,
E desvanece-se esse sonho envolvente.
Num simples piscar de olhos,
Aparece gente aos molhos.
Que se apressam, às portas, e entrar,
Um lugar arranjam para se sentar.

Conheço aquele que ali vai,
Fingido, que solta um breve ai,
Uns conversam, outros lêem,
Outros ouvem, outros vêem,
Uns chocalham latas, pedindo,
Esmola a alguém esteja sorrindo,
Outros dormem, de cabeças encostados,
Em vidros sujos que nunca foram senão sujados.

Discussões, há sempre alguém que se aventura,
Ira descarregada em travessura,
Corações, há quem detenha um mau palpite,
Loucos, há sempre alguém que grite.
Crianças arrastadas por mãos agrestes,
Dos pais, com uma pálida paciência,
Perguntas destas: «Que fizeste?»
Soltam choros aos pequenos. Que imprudência.

No momento da paragem, é engraçado:
Ver a gente que se apressa em seu enfado,
A correr, cumprido seu triste fado,
Se for preciso, derrubando quem está ao lado
Há quem caía e quem a cair ajuda,
Em tropel se acotovela na pequena muda,
Em sentidos diferentes e direcções,
Ó ansiosos e miseráveis corações.

Mas nas filas é mesmo onde se vê,
A Divina Comédia que se lê,
Paciência, ninguém a tem e nem se arranja,
Em quiosques apertados,
Que se plantam em vários lados,
Em sulcos, se é que as ruas os abranja.
Nas filas onde se espera,
E tem mesmo que se esperar,
Rio-me cá dentro com nobre gente,
Tais apupos quer soltar:

“Desculpe, minha senhora,
Mas não está aí muito bem”.
Não quero saber, coração frio.
Moleste quem a si pariu.
“Está com pressa? Passe lá.
Não se chateie, venha cá.
Não, não. Passe lá você primeiro.
Pensando alto: “Que brejeiro”
Se está com pressa, com pressa passe,
Senão vai ter triste desenlace,
É que passei, senhor, primeiro,
Que você, seu caloteiro.
Há quem diga sempre: “Calma,
Tenham calma, meus senhores,
Que a calma acalma a alma,
E não gera dissabores”

Vou sair, misturar-me nesta roda,
Que gira, todo o dia velozmente,
Misturando pensamentos quem se acomoda,
Nesta vida. Já sou louco ou demente.

EFB – 13/05/04



terça-feira, junho 01, 2004

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

Após a 2ª Grande Guerra Mundial, as crianças de todo o Mundo enfrentavam grandes dificuldades, a alimentação era deficiente, os cuidados médicos eram escassos, a educação não era um prioridade. Mais de metade das crianças Europeias não sabia ler nem escrever.
Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres, propôs às Nações Unidas que se comemorasse um dia dedicado a todas as crianças do Mundo.
Os Estados Membros das Nações Unidas, - ONU - reconhecendo que as crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro condigno e risonho, propuseram o Dia 1 de Junho, como Dia Mundial da Criança.

Em 1989 as Nações Unidas consagraram os direitos que assitem às crianças de todo o mundo na Convenção sobre os direitos da Criança e que todos os Estados membros se obrigaram a respeitar. A Convenção dos Direitos das Crianças é o mais ratificado de todos os tratados sobre direitos humanos. O seu esboço foi iniciado em 1979, no Ano Internacional da Criança, por um grupo estabelecido pela Comissão dos Direitos Humanos. O tratado resultante desta Convenção foi aceite por unanimidade e foi adoptado pela Assembleia Geral das Nações Unidas de 20 de Novembro de 1989. E estava tudo pronto para a sua assinatura 26 de Janeiro de 1990. Nesse dia sessenta e uma nações assinaram este documento, mas só passados sete meses a Convenção teve força legal após se ter efectuado o número de ratificações por Estados exigido pelos estatudos da ONU. A partir de então foi ratificado por todos os restantes Estados com a excepção de apenas dois (Portugal ratificou-a a 21 de Setembro de 1990).

A Convenção dos Direitos da Criança constitui o mais completo (54 artigos) e importante documento sobre os direitos de todos os seres humanos com menos de 18 anos. A Declaração dos Direitos da Criança já existente consistia simplesmente numa enumeração de princípios, sem valor jurídico. A Convenção, pelo contrário, tem força de lei, comprometendo-se os governos que a ratificaram a permitir às crianças o desenvolvimento das suas capacidades sem fome, pobreza, violência, negligência ou outras injustiças e dificuldades, respeitando simultaneamente os seus direitos civis, económicos, sociais, culturais e políticos. Desta forma, o documento veio permitir que se encarasse, pela primeira vez, a criança como um ser titular de direitos e liberdades fundamentais.

“A criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...”.

“Em todos os países do mundo há crianças que vivem em condições particularmente difíceis e a quem importa assegurar uma atenção especial, tendo devidamente em conta a importância das tradições e valores culturais de cada povo para a protecção e o desenvolvimento harmonioso da criança e a importância da cooperação internacional para a melhoria das condições de vida das crianças em todos os países, em particular nos países em desenvolvimento.”

UNICEF decidiu em 1991 que todos os programas a implementar deveriam reflectir os princípios da Convenção que passaria a servir de ponto de referência, independentemente de um país a ter ratificado ou não. A Convenção deverá apresentar-se como um modelo standard de consenso universal que não poderá ser desagregada completamente por nenhum país.

Criança, tu és o conforto
Criança, tu és o amor.
Tu, que tens alegria nos teus olhos
E que aos outros ofereces amizade;
Tu, que caminhas
Sem maus pensamentos
E que amas
Sem rodeios Vem ...!
Vem comigo.
Dá-me a tua mão.
Criança,
Tu és o símbolo
Do amor
Da paz
E da liberdade.
Tu és o fruto
Da inocência
E da pureza.
Criança
Ajuda-nos a construir
Um mundo bom,
Como tu
Estrela brilhante!

(Poema de Paula Perna)

Hipocrisia e memória

1.º Um dos temas mais recorrentes da Política é o da verdade, o que se atesta bem em dois principais níveis:

- a verdade na divulgação dos dados de que se dispõe, não os manipulando ao sabor de estratégias eleitoralistas;

- a verdade das intenções e dos projectos de governação, não os escamoteando, em função dos popularismos do momento.

Mas dimensão não menos relevante é a da verdade das emoções e dos sentimentos que os políticos sentem uns pelos outros, reconhecendo-se que há um patamar que não é possível ultrapassar, sob pena de tudo valer para um objectivo maior, que é conquistar ou manter o poder.

2.º Daí que a verdade na política esteja intimamente associada à memória, sobre aquilo que já aconteceu e sobre aquilo que outros tentaram ou fizeram para que acontecesse.

Naturalmente que importa enquadrar a relevância da memória e destrinçar entre o que é pessoal - que possivelmente tenha ferido a honra - e aquilo que é político - no sentido de ligado à governação.

Assim como é do mesmo modo forçoso ser tolerante em relação ao passado e aceitar que os erros possam ter sido cometidos e que, como tal, podem ser esquecidos e perdoados. A virtude cristã da caridade desempenhará neste contexto um papel fundamental.

3.º Mas há limites que a actividade política não pode obliterar, sob pena da instauração da República da Hipocrisia e do «vale tudo». É verdade que o espaço da Política não é um convento de virtudes. Mas também não é menos certo que a Política não pode aceitar tudo, em que é premiado o fautor de todas as traições e de todos os calculismos.

É aqui que a memória ocupa um lugar essencial: não pode haver Política sã sem Memória, no sentido de que o presente pressupõe um passado, ao mesmo tempo um certificado de garantia e um augúrio do que sucederá no futuro.

4.º Vem tudo isto a propósito do recente encontro entre Xanana Gusmão e o General Wiranto, este candidato presidencial na Indonésia, encontro que tem sido - e bem - muito criticado. Os Portugueses não podem esquecer os massacres ocorridos em Timor-Leste, tal como não podem esquecer a participação que aquele general teve nesses mesmos crimes.

Como é possível encarar sem arrepios os abraços efusivos, as mãos por cima dos ombros e os muitos sorrisos trocados entre aquelas duas personagens lembrando esses factos?

Como é possível observar Xanana Gusmão - que interpretou a causa de um povo que foi massacrado em milhares de mortos, com o seu jovem país praticamente destruído na totalidade das suas infra-estruturas - de mão dada com um dos principais cérebros de anos a fio de prepotência e de arbitrariedade?

Como é possível conceber a disponibilidade de Xanana Gusmão para publicamente se encontrar com alguém que representou o maior pesadelo da história do povo que quis defender e de que é Presidente? Não é possível. A política sem Memória - ou, pior, com a mais profunda das hipocrisias - é um imenso lodaçal, do qual quem entra nunca mais conseguirá sair. É pena.

Jorge Bacelar Gouveia

Maio... o mês da prevenção nas estradas!


Já todos nós vimos aquelas reportagens na televisão (em particular um canal que nos habituou à informação de qualidade e isenta, cujo o nome eu não revelo, apenas digo que começa por “T” e acaba em “I”, mas mais não digo...) dos “pintas” que vão fazer corriadas para as estradas nacionais e pontes, beneficiando de publicidade e julgando-se vedetas e sentindo-se impunes, nem se importam de dar a cara.
Mas o mês de Maio trouxe boas novidades, nomeadamente uma bem organizada operação-stop (em plena A1 e durante a noite - levada a cabo pela BT da GNR) que foi extremamente eficiente.
Entretanto, a PSP de Faro resolveu não ficar atrás e invocando o grande número de peões atropelados, desenvolveu ela própria a sua “operação-stop”. E pensaram vocês que eles foram para uma qualquer estrada nacional ou para uma localidade onde este drama seja recorrente... não! Foram para um parque de estacionamento de um hipermercado (!) aplicar multas (que vão de 6 a 30 euros) a quem atravessava fora das passadeiras. Dado o surrealismo da cena e a presença da TV, muitos dos «apanhados» devem ter pensado que era para «Os Apanhados»... e de certa forma foi!