terça-feira, agosto 31, 2004

O Nosso primeiro beijo...



... Renovado todos os dias desde então

sexta-feira, agosto 20, 2004

Mais algumas "pérolas olímpicas" made by Comentador Tuga

Os nossos comentadores apresentam-se nestes jogos ao mesmo nível que os atletas... deve ser das lesões!!!


O prémio "Eu conheço o tipo desde pequeno" vai para:

Os comentadores do torneio olímpico de ginástica, estes de especialistas... em farturas. Só pode, já que nunca devem ter visto o presidente do Comité Olímpico Internacional.
Enquanto a imagem mostrava uma zona da bancada onde se via claramente Jacques Rogge(presidente do Comité Olímpico Internacional):
- Temos agora uma vista parcial do público, disse a comentadora.,Silêncio.
- Não. Não. Parece-me o presidente da Federação Internacional de Ginástica, corrigiu o comentador.
-...
-... (pausa longa)
- Pedimos desculpa, mas afinal parece que quem está ali é o senhor presidente do Comité Olímpico.

E o prémio e menção honrosa "Foda-se o gajo tinha os olhos em bico" vai para:

O comentador do Tiro ao Arco.
Dirante a Final do torneio, o comentador dispara:
- Este japonês parece mesmo um japonês!
Mais à frente... assim que atirou a última seta, o atleta italiano correu para os braços do treinador e trocaram um abraço de grande alegria festejando a vitória.
- E o japonês ganha a medalha de ouro.
Mas imagens insistiam em mostrar um italiano, com pinta de italiano a gradecer os aplausos... do público italiano.
- Tal como eu disse aos nossos telespectadores, o italiano ganha a medalha de ouro.
É por estas e por outras que nas finais são erguidas as bandeiras dos vencedores.
("e agora temos o hino japonês com a bandeira japonesa a ser erguida...")

Flops Olímpicos

A revista Tempo tem uma página com o que chama de "Flops Olímpicos". Agora advinhem lá quem está mesmo ao lado da nossa selecção de futebol?
...
...

Nada mais nada menos que o nadador norte-americano Michael Phelps. O rapaz chegou a Atenas com o objectivo de ganhar sete medalhas de ouro e que ganhou quatro de ouro e duas de bronze.
Tendo em conta que em toda a sua história olímpica, Portugal tem menos medalhas que Phelps, que hoje participa em mais uma final (com o melhor tempo de qualificação e recorde olímpico) ... Flop!!!!

Dedicado a...

Wouldn't it be nice if we were older
Then we wouldn't have to wait so long
And wouldn't it be nice to live together
In the kind of world where we belong

You know its gonna make it that much better
When we can say goodnight and stay together

Wouldn't it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through

Happy times together we've been spending
I wish that every kiss was neverending
Wouldn't it be nice

Maybe if we think and wish and hope and pray it might come true
Baby then there wouldn't be a single thing we couldn't do
We could be married
And then we'd be happy

Wouldn't it be niceYou know it seems the more we talk about it
It only makes it worse to live without it
But lets talk about it
Wouldn't it be nice»

(The Beach Boys - Wouldn't It Be Nice)


quinta-feira, agosto 19, 2004

'DEL'

Estava para aqui a escrever sobre as diferenças entre segredo de justiça e difamação e como ambos não são compatíveis. O texto até estava bantante interessante, bem fundamentado, fruto de alguma pesquisa jurídica e não só. Realmete estava “jeitoso”... estava, já não está. Porque fiz Delete. Perdi a vontade de escrever e publicar no blog este texto, bom no meu entender. Fi-lo porque ressaquei.
Dei por mim a pensar se recuasse uns anos, eu nem saberia o que era a direita e e esquerda, ou o conceito de arguido, culpado ou inocente. Fazia lá eu ídeia o que seria corrupção e um político era apenas o gajo que aparecia na parte chata do telejornal (o ínicio), ou mesmo que o arbito A almoçou com o dirigente B... para mim o futebol era apenas ver um jogo do Benfica e que acabava no resultado e no nome dos ídolos e num em nomes de arbitros, futebol era dizer ao meu Avô sempre que alguém de vermelho jogava e dava na televisão “não avô, aqueles não são do benfica...”.
Sabia pouca coisa da vida, mas se me perguntassem alguma coisa sobre Saturno ou Júpiter eu não me calava mais, se encontrasse alguém que me quisesse ouvir falar do megalodonte, ficava horas a divagar.
Mas cresci e hoje sei o nome do arbitro que “gamou” o meu Benfica. Cresci e sei o que é um político. Cresci e leio jornais económicos e de actualidade. E entre amigos até debato sobre estes assuntos... não me perguntem nada é sobre Mercurio ou Plutão.

Por isso carreguei em “del”, não fiz “save”, apenas apaguei, hoje apetece-me olhar um pouco para o céu... e vocês sabiam que foram descobertas duas luas novas em torno de Saturno....

O meu lado doméstico

Pelos caminhos árduos da vida quotidiana, e por um traçar de objectivos já há muito traçados, estou nos dias presentes a morar sozinho. Sozinho por completo, não é bem. Divido a minha pequena moradia com a Biatriz, e os seus cinco filhotes. Sim, filhotes, porque esses benditos e mimosos animais que são os gatos, levaram à letra tudo o que Jesus Cristo disse um dia: "Unide-vos e multiplicai-vos". A parte do "multiplicai-vos é que foi pior porque a formosa Biatriz, multiplicou por 5.

Vai daí, a minha vida tem sido o desempenho da parte paternal, visto o autor da multiplicação estar a morar noutra casa, acompanhada de mais 4 gatos: um que destroi por completo a casa à dona, o outro que faz "renhau renhu" e tem uma fístula, o outro que come que nem um alarvo e depois vomita o que ingeriu e outro que come o vomitado deste último, que mancha a reputação à comunidade felina por terem fama de serem limpos.

Logo pela manhã, sou acordado por aqueles diabretes a morderem-me os pés e arranharem-me as pernas, enquanto a mãe deles mia incessantemente, "cravando" comida, porque aquela que lhe tinha colocado no prato às 2 da manhã quando fui acordado por uma disputa futebolística por aqueles pequenos seres, já no seu prato não havia.

Partem tudo. São mais destruidores do que esse guru da destruição, Silvester Stallone, o da fitinha "gay" na cabeça. ainda hoje de manhã, vi espalhado pelo chão um monte de cinza e algumas piriscas, abonando à hecatombe um cinzeiro partido. Desde colchas manchadas de urina ainda fresca e acabadinha de sair de suas bexigas; areia espalhada pelo quarto com a fragrância a merda, comida derramada pelo chão, roupa interior guardada em gavetas juntamente com os gatos que nos surpreendem com uns pequenos olhos que brilham no escuro; livros que não são lidos mas sim arranhados; o latir de cães raivosos dos vizinhos que rasgam o silêncio com os seus horrendos uivos e latidos, a vizinha de cima que às 3 da manhã decide que o móvel não está no lugar certo, arrastando-o "silenciosamente"; a roupa para lavar, aquela que está para estender, o lixo para despejar, a loiça para lavar, a que está para guardar, os restos de comida do dia anterior, a fruta podre que foi esquecida de ser consumida, o leite ressequido que os gatos não beberam, o chão imundo por esfregar, o pó, as janelas que não deixam ver para o outro lado por serem o cúmulo da sujidade, as contas para pagar, comida, água, luz, gás, prestação da casa, seguros, prendas, jantares, comida para gatos, areia para gatos, arranhador para gatos, gatos, enfim..., as unhas para cortar, a barba por fazer, o suor, a cera nos ouvidos, caspa, pé de atleta, herpes labial, farelo para tirar do corpo........

Eu ainda estou surpreendido comigo mesmo como é que me sinto uma pessoa tão equilibrada....

Adieu e...."Miauuuu"

quarta-feira, agosto 18, 2004

mais um dia

Está feito por hoje… vou para casa, mas antes deixa cá ver o resultado d o jogo de Portugal...
... fosgasse, estamos a perder 3-2 com a Costa Rica!!!! Este resultado relembra-me um noticiário que após a “grande” vitória sobre marrocos dizia “Portugal de novo no rumo das medalhas”! Bem, deviam estar a falar do jantar, medalhões de pescada, só podia...
... com os resultados neste momento ficamos em ÚLTIMO do grupo. Mas espera lá, não é um grupo qualquer, estamos a falar dessas super equipas que são o Iraque, Marrocos e Costa Rica!


terça-feira, agosto 17, 2004

Ufaaa.....

Aqui está ele de volta… os “foda-se” é que já ninguém os tira!! Eheheh
O importante é que o template foi recuperado, mesmo que para alguns este template seja uma “bela merd...”, é trabalho caseiro e por isso fica.

Claro que tenho de deixar publicamente o meu agradecimento ao
JPG e ao seu Apdeites, já que foi graças à sua dica que acabei por resolver o problema.... MUITO OBRIGADO, o Present-Tense agradece a pequena grande ajuda.

Estamos outra vez em “produção”....


PÂNICO....

Pânico? Pânico é veres que acabaste de alterar o template do teu blog sem queres.... pânico é perderes um template personalizado que demoraste horas a fazer... fotografias, imagens, labels... tudo à vida, num segundo de experiências!
Pânico, pânico nada... FODA-SE!!! mas eu não gravei as alterações!!! FODA-SE... pânico é para rotos, homem que é homem diz "FODA-SE, JÁ FIZ MERDA"

Por sorte os comentários também não estão operacionais e ninguém pode dar baile... pelo menos aqui, no Present!!!

FODA-SE.... é que foram horas... muda o tipo de letra, muda as cores, criar um logo, imagens para os perfis...
... mas o mal já está feito, agora há que por as mãos à obra e criar um template, ao meu gosto... mas...

... FODA-SE!!!

A Razão…

Acabei o treino, estou cansado. Meto-me no carro e lá vou eu para casa. Num dos acessos à Ponte Vasco da Gama (uma curva com visibilidade reduzida) uma carrinha faz marcha a trás... no meio da faixa, com as luzes apagadas... para passar despercebida!
Como todos sabem, quando nos enganamos a entrar numa via rápida, devemos prontamente inverter o sentido de marcha e remediar o erro o mais rápido possível!
Lá vou eu para casa, já é noite, estou mesmo cansado... não devia ter corrido tanto. Perto de casa, um semáforo verde.. não sei à quanto tempo está verde, poís assim estava antes de chegar à recta. Faço o cruzamento e um Mercedes branco aparece à minha frente vindo da esquerda... do lado do semaforo vermenho! Ia batendo, estou mesmo cansado... buzino e reclamo! Para depois pedir desculpas!
Porquê?... Porque a razão está sempre do lado do “mercia” 190 branco com quatro ciganos lá dentro...


sexta-feira, agosto 13, 2004

Para fechar para fim-de-semana...

... que isto hoje foi porreiro! Parecem baratas tontas de um lado para o outro. Aqui como em todos os posts, exponho a minha visão pesssoal e como tal, não é um julgamento de verdade, apenas uma conversa entre uma jogatana de Risco (temos que marcar essa cena...) após uns minutos de pesquisa (viva a net e o Bill Gaitas).

Primeira questão: Adelino Slavado foi bem demitido (ou melhor, levado a demitir-se), mas pelos motivos errados. Ele já o devia ter feito quando decapitou e parou uma investigação (mais alguém ouviu falar naquilo do apito?) ou quando tirou Maria José Morgado do caso Moderna.

Segunda questão: Porque é que são sempre os mesmos a ficar nervosos quando se falar, mas sem dizer nada de concreto, sobre este caso?

Terceira questão (a parte cómica): O jornalista do CM é “´prevaricador” e vitima ao mesmo tempo. Isto porque a lei considera a gravação ilícita um crime, dependendo de queixa dos ofendidos (A Salvado e S Pina), mas no caso da divulgação o lesado é o jornalista. Se num caso a vítima é quem foi gravado, no outro è quem gravou. Eheheh

Quarta questão: o mundo dá voltas e se numa altura estamos no dia, a seguir estamos na noite. Então Ferro Rodrigues, que se está a “cagar para o segredo se justiça” vem agora exigir explicações sobre a violação de algo que para ele não tem impotância... ah poís é. O mais engraçado é que os mesmos que numa altura “amenizaram” as declarações de Ferro (o contexto, e enquadramento) agora queiram que Souto Moura se demita... e nem foi ele a falar, mas sim alguém que trabalha para ele (o que segue um pouco a lógica de “colagem” que o PS sempre tentou evitar entre Pedroso e Ferro).

Quinta questão: Ferro que agora se quer limpar onde cagou, falou e pediu. O triste é que lhe deverá ser feita a vontade, em nome do “pacto de regime”, e com isto a investigação vai morrendo. Mas é natural que alguém queira a cabeça de quem a anda a investigar.

E desta vez nem há europeu e os jogos olímpicos nem com iraquianos nos safamos.
Voçê é o elo mais fraco... ADEUS!


Com isto tudo, ainda não ouvi ninguém dizer o essencial, a investigação. Porque todo este circo, para o processo Casa Pia vale zero, menos que zero.

Sobre a nova direcção da Polícia Judiciária...

No Público de ontem:

"O desembargador é empossado hoje de manhã e deverá aproveitar alguns dias mais para concluir os contactos para a formação da sua equipa que, como sublinharam fontes judiciais contactadas pelo PÚBLICO, terá de ser coesa e integrada por magistrados e profissionais da corporação da inteira confiança do novo director nacional. "


Já hoje o JN:

"O Governo criou, ontem, um sério embaraço a Santos Cabral, novo director nacional da Polícia Judiciária, ao fazer directamente o convite para que a actual equipa da Directoria do Porto se mantivesse. O JN sabe que Santos Cabral sondou um magistrado ao princípio da tarde de ontem, para assumir tais funções, na mesma altura em que o juiz Ataíde das Neves já tinha aceite o convite feito pelo Ministério da Justiça.Acabaram depois por se gerar mal-entendidos, com Santos Cabral a ser obrigado a recuar nos convites e a aceitar o nome que lhe era imposto."


Especial....

Para quem não leu (como eu), mas quer ler o Independete.... é só clicar


Criancices

Das coisas que mais me aborrecem e eriçam os meus cabelos, é pessoas com falta de cor.

A cor pode ser pincelado de várias maneiras: um simples sorriso é colorido, um gracejo, um olhar, uma brincadeira dentro dos limites do que é brincar. Gosto particularmente das pessoas que ainda conservam a saudável "criancice" dentro delas, e que são indiferentes às repreensões sistemáticas de quem já não a tem. Ainda há pouco gracejei com uma coisa qualquer, e veio do antro incolor à minha frente no local de trabalho, palavras repreensivas de tal gracejo. Pobre gente que anda sempre naquela linha constante; que não é capaz soltar de si um sorriso ou uma brincadeira por achar que alguém vai dizer mal.

Confesso que às vezes me estico e mereço ser repreendido, mas, sou assim.... Paciência, minha gente que só ri com condescendência e não trás um sorriso, apenas má disposição. Será inveja, de vêr alguém com aquela leveza no seu ser que gostaríamos de a trazer connosco? Será falta de afirmação perante os outros, e repreendendo, acham que são melhores? Será falta de sexo? Será falta de brinquedos na su amarga infância? Para quem acha que sou ainda uma criança ingénua, tendes toda a razão do mundo, e como as crianças são sempre desculpadas de tudo o que dizem, eu digo a essa boa gente que: VÃO PARA O CAR...ÁCTER de cada um de vós e deixem os outros.....

IKEA, sabemos reconhecer os nossos erros

Tal como eu, mais pessoas receberam este mail:

Pelo menos em França e Espanha (Camas) contra Portugal é verdade, que já consultei o SITE
viva o IKEA ! como eu adoro este país !!!
Já confirmei a história - o sofá "extorp" custa em espanha 499 ? e cá 749!; o "tomelilla" custa lá 539 ? e cá 769!.

Viva!

Para os que me conhecem melhor sabem que desde que se fala do IKEA abrir em Portugal que mantenho uma posição céptica em relação aos eventuais preços. Posição essa recebida pela maioria das pessoas com um incrédulo "não! os preços têm que ser iguais em toda a Europa". Infelizmente, foi só uma questão de tempo até ver as minhas suspeitas confirmadas. Um colega de trabalho tencionava comprar uma cama de criança. Foi visitar a página do IKEA e, por mera curiosidade, viu o site de Espanha também. Eis senão quando a surpresa surgiu perante os seus olhos... Estendeu a pesquisa a outros países e a surpresa transformou-se em indignação.

Eis o preço da MESMA CAMA em vários países:

Espanha - 349 Euros
França - 349 Euros
Itália - 349 Euros
Bélgica -349 Euros
Portugal - 499 Euros

Poupo-vos o trabalho de fazer contas: são mais 150 Euros - 30 Contos! - que os portugueses têm que pagar pela mesma cama. Será por termos o melhor nível de vida de toda a Europa? Para os mais incrédulos, a referência da cama é HEMNES. Podem confirmar. Para os mais científicos será talvez interessante estender a pesquisa a outras referências - www.ikea.com

Gostaria que divulgassem esta informação por todos os potenciais interessados. Possivelmente não há uma base legal para desencadear uma queixa pois estamos num mercado livre. Mas, sobretudo, incomoda-me que nos tomem por parvos. Que nos prometam um maná e que acabemos sempre a pagar a factura. De resto, é continuar a salutar prática de irmos ao IEKA do outro lado da fronteira. Há uma loja IKEA em Sevilha, outra em Madrid. Por 30 contos, vale a diferença em combustível e portagens (que só há do lado português!). E ainda passeamos!



Pois bem, hoje ao passar pelo site do Ikea Portugal ...



Bem, agora só falta corrigirem os preços ao restante stock...
... os gajos são nórdicos, mas aprenderam rápidamento os modelos de gestão latinos....


No DN de hoje...

Pactuando com o pacto
(José António Barreiros)

"Quando o primeiro-ministro veio, perante a imprensa, falar sobre a sucessão do director-geral da PJ, o País, desprevenido, pensava que vinha aí o nome do seu sucessor.
Quando o chefe do Executivo, perante essa imprensa, mostrou que não tinha, afinal, nome nenhum, o País, incauto, imaginou que o Governo estava em dificuldades e que vinha aí crise para mais umas semanas.
Quando Pedro Santana Lopes, ante essa mesma imprensa, acenou com um «pacto de regime» para a Justiça, o País, ingénuo, julgou que era a conversa do costume, para fingir músculo e ganhar tempo.
Quando, no dia seguinte, a imprensa e o País souberam que para o lugar de Adelino Salvado tinha sido nomeado o chefe de gabinete de Matos Fernandes, que foi secretário de Estado de José Vera Jardim, o mesmo que fora o ministro socialista da Justiça, ficou tudo claro.
Os desprevenidos, os incautos e os ingénuos perceberam, finalmente, o que era isso do «pacto de regime»: a lógica do «bloco central» havia ditado a solução.
Nessa noite, Ferro Rodrigues sentiu-se vingado. A partidarização da Justiça é isto mesmo: contamina toda a Administração Pública, estende-se aos directores-gerais, não excepciona, por isso, o da Polícia Judiciária.
No caso, a escolha foi duplamente política: pelo método usado e pela trajectória do escolhido. Nesse aspecto, os chefes de gabinete são um exército de reserva para casos de aflição.
A escolha de um chefe de gabinete socialista para a direcção da PJ não podia ser mais simbolicamente significativa.
Depois disto, vem o mais que se espera. Cada Governo, cada ministro, quer na Justiça deixar a sua lápide: à falta de melhor obra, que o Orçamento vai magro, inauguram-se códigos. E já se fala na revisão das leis penais e de processo penal, as do costume, as mesmas que acabam de ser revistas.
Claro que tudo isto ajuda à barafunda. Sucedendo-se no tempo, contradizendo-se entre si, as leis amontoam-se como um aluvião pulverulento. Claro que os tribunais, com aquela sabedoria de séculos, encarregam-se, acórdão a acórdão, sentença a sentença, de descaracterizar muitas das novidades, reduzindo-lhes o alcance, amputando-lhes os atrevimentos.
Mas os políticos teimam em legislar, construindo castelos de areia judicial na praia revolta da folha oficial. Fica, enfim, para os anais dos nossos lugares-comuns, a palavra em si, a expressão já muito banalizada «acto de regime». Perante ela, fica-se com a ideia de que se trataria de um acordo sobre matéria nevrálgica para o funcionamento da ordem constitucional vigente, sobre a ossatura das nossas instituições republicanas. Nada mais enganador. Visto aquilo de que se trata, o «pacto de regime» tem a ver, apenas e afinal, com a «união nacional dos interesses», aquela que verdadeiramente governa Portugal. Na Justiça, esgota--se o pacto, em pactuar com a escolha de um «deles» para um lugar «nosso». E está feito, porque estamos em férias..."


Li algures... "é preciso que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma! "

Viagem no Metro

As viagens nesse transporte maravilhoso que atravessa Lisboa de uma ponta à outra, é hilariante. e para quem tem uma imaginação fértil no cultivo de idéias para se distrair enquanto não chega ao destino pretendido, melhor ainda.

Em Agosto é um pouco díficil das viagens serem um bom episódio para contar a quem nos queira ouvir. Mas deixem passar esta escassez de gente na grande metrópole, e aguardem pacientemente por pela época de regresso às vidinhas que geram o grande movimento na grande Lisboa.

No Metro vê-se de tudo. É um bom laboratório para quem seja curioso no estudo aprofundado do ser humano. Nas expressões encolhidas dos rostos de gente impaciente, está tudo escrito na sua fronte. Quantas e quantas vezes, não apanhamos aquelas marés de gente, engaioladas numa qualquer carruagem, e naquele espaço de 5 minutos, passam-lhe pela sua mente milhares de pensamentos, para quem não vai absorto nas preocupações que consomem uma preciosa observação? Não é com malícia que olho para as pessoas. É porque a ansiadade entediante de chegar ao destino pretendido, germina em nós um despreocupado cruzamento de olhares, com as mais variadas pessoas. E agora que o Sol emana de si o seu calor que amolece a alma e nos encolhe a vontade do trabalho, e que faz expelir de nós aquele suor que nos mancha debaixo dos braços, perfumando a carruagem com a essência do "hoje trabalhei bué", com os braços peludos e encharcados do sumo extraido do labor. Ah, esse cheiro... E quando várias pessoas se agarram ao mesmo verão de metal, quente de tanta gente se agarrar a ele, como um ponto de salvamento de um possível desiquilíbrio, de pressões de pessoas impacientes e perfumadas de um civismo de bradar aos céus? Gosto particularmente, daquelas senhoras anafadas e gastas pelas vicissitudes domésticas e familiares, com um cheiro a bafio insuportável de quem não extraiu de si a sujidade pela manhã, e o seu hálito é um cheiro misturado a refugado do dia anterior com a podridão dos seus dentes que apenas são lavados nos dias de casamento e batizados dos filhos e sobrinhos? Já para não falar do regimento de pedintes dos mais variados tipos e feitios, em que, dominando a técnica do Marketing de arranjar diversas formas de pedir, como o cão que vai pendurado ao ombro, pendurando pela sua ferradura, um cestinho preso por um cordel, enquanto o seu dono de 14 anos, a um possível mandato dos seus pais, vai enchendo aquela carruagem de gente apressada, sisuda, preocupada e mal acomodada, de melodias que vai desde o "Apita o comboio" ou "lá vai Lisboa..."?

E eis que chega a apoteose de uma pequena viagem de Metro: loira, metro e oitenta (com salto alto - 1,57 sem salto), com o cabelo liso a descair-lhe despreocupadamente pelas costas, olhos azuis, seios que saltitam querendo sairem da cerca feita por uma camisola que, se eu fosse seio, ficaria com falta de ar só com o aperto, calças justas, a notar-se-lhe o vinco de um pequeno resgaurdo interior, que milagrosamente, fez com que os olhos de toda a raça do sexo masculino (incluindo o velhote de 75 anos que até deixou descair a dentadura), a chispar de um fogo ardendo de desejo, transfomando aquela carruagem numa arena recheada de leões, com um apetite bem voraz, capaz de levantarem sozinhos a estátua do Marquês de Pombal. Nessa altura, o mais respeitador perde todo o seu respeito e olha desmesuradamente; o mais sem-respeito, se áinda detinha em si uma réstea, perdeu-a naquele momento; o homem charmoso de facto de corte direito, endireita-se mais um pouco perante a bela mulher; o rapaz com "rastas" fica completamente de rastos; aquela que pensava ser a mais bela da carruagem, cora de inveja´, retirando da sua mala o instrumento de maqueagem; e, todos... mas todosque crivaram naquela bela mulher, olhares com esse ardente desejo, não recebem...nem um da parte dela. E saí toda a gente nos seus destinos, alíviados por não deterem naquela Helena de Troia, mais os seus olhos por ser demasiado turtuoso e fustigante olhar apenas...

Olhares sonhadores, pensadores,apressados, irritados, flagelados, preocupados, rebarbados e outros, são o suficiente para inventarmos sobre essa estirpe metropolitana, todas as histórias imaginárias e decorativas em dias de um cinzento atroz, que ajuda a enganar o tempo durante a secante viagem até ao lar, quando sozinhos, atordoados com as atrocidades do trabalho, faltas de dinheiro, mulher, filhos, pais, irmãos, irmãs, espirais depressivas, vontades de gritar, sufocos, apertos, ataques de pânico, pé de atleta, falta de erecção, casa para pagar (sublinhe-se que erecção vem antes da casa para pagar), tudo serve para nos rirmos um pouco, no meio de um silêncio frio e cortante que mortifica a alma, que condimenta uma simples e hilariante viagem de Metro.

Au revoir

Ó chefe, é uma mine e um tramoço p'ra digerir...

Ontem fui ao cinema... entre os filmes que já vi e que estavam disponíveis optei por “The Stepford Wives” e só tenho a dizer... que erro!!
Pensava eu que Nicole Kidman depois de Could Mountain, The Hours e do espectacular The Others, não iria paticipar num filme qualquer...
Pensei eu após ter visto o trailler deste filme, “pá, isto parece ter potencial”!

O Filme é básico, a história não tem “ponta por onde se pegue” e as actrizes e actores desempenham papéis ridículos. Uma ou outra gargalhada ocasional. E mesmo quem tente ver neste filme alguma reflexão/ critica sobre estereótipos... não me lixem... o filme não é mau, é péssimo!
Quando saí da sala a única coisa que me apetecia dizer era... FODA-SE, quero os meus 10 euros de volta!!!! POLICIA, AJUDA QUE FUI ROUBADO....


Ao menos as boas noticias... ah, granda mamã Bófia!!!!

K7 pirata...

Hoje o Independente (bonito nome!!!!!!) pública o conteúdo das cassetes “roubadas” ao jornalista do Correio da Manhã. Não pretendo ler as seis ou sete páginas, não porque não esteja curioso, não porque não queira saber o que afinal disse Adelino Salvado e outros “notáveis”, mas apenas porque seis páginas não podem conter cerca de 3 gigas (não comprimidos) de gravação audio.
ser justo ou pecador é uma questão de percepção”... como já falho muito nesta qualidade de percepção, é melhor não agravar!
Mas não deixa de ser interessante ver que na capa do Independente, com tantos nomes que foram “gravados”, o título do artigo seja “Assessora do procurador-geral da República também violou o segredo de justiça” (mas isto são outras "compirações... lá estou eu).
Estanho é que Dr. Júdice (bastonário da OA), Dra. Maria José Morgado, ou o Dr. Noronha do Nascimento, juiz conselheiro, não tenham manifestado idignação por lhes terem sido gravados comentários sem o seu consentimento prévio. Ou teria havido um consentimento à posteriori visando a satisfação de um relevante interesse público (privado)????


quinta-feira, agosto 12, 2004

Oh


The world is blowing up
The world is caving in
The world has lost her way again
But you are here with me
But you are here with me
Makes it ok

I hear you still talk to me
As if you're sitting in that dusty chair
Makes the hours easier to bear
I know despite the years alone
I'll always listen to you sing your sweet song
And if it's all the same to you

I love you oh so well
Like a kid loves candy and fresh snow
I love you oh so well
Enough to fill up heaven overflow and fill hell
Love you oh so well

And it's cold and darkness falls
It's as if you're in the next room so alive
I could swear I hear you singing to me

I love you oh so well
Like a kid loves candy and fresh snow
I love you oh so well
Enough to fill up heaven overflow and fill hell

The world is blowing up
The world is caving in
The world has lost her way again
But you are here with me
But you are here with me
Makes it ok

Oh girl you're singing to me still
I love you oh so well
Like a kid loves candy and fresh snow
I love you oh so well
Enough to fill up heaven overflow and fill hell
Love you oh so well

(Dave Matthews)


Para quem ainda tinha dúvidas, os suíços confirmam...

Portugueses estão entre os mais mal pagos da Europa

Os trabalhadores portugueses estão entre os mais mal pagos da Europa, de acordo com um estudo do gabinete estatístico do Governo federal suíço.
O estudo refere que o salário médio bruto dos portugueses aumentou cerca de mil euros, entre 2000 e 2002, para 13.500 euros, ficando a par de Malta e apenas à frente de oito países europeus, todos eles novos membros da UE.A lista é encabeçada pela Suíça, onde o salário médio bruto anual ascende a quase 50 mil euros.
Os italianos recebem, em média, 21 mil euros, e Espanha fica-se pelos 18 mil euros, ligeiramente à frente de Chipre (17,5 mil euros) e Grécia (16 mil euros).

Portugal ocupa o mesmo lugar no "ranking" no que toca ao poder de compra... (contiuar a ler)

in Público



Se a isto somar o email que recebi esta semana, sobre uma marca que pratica em Portugal preços 30% mais altos em relação aos que tem em Espanha...


Um perfume nostálgico

Podem-me chamar fútil e vazio se for essa a vossa opinião depois do que acabarei de dizer, mas desejo partilhar convosco este meu apetite, no meio de muitos outros que possuo: adoro perfumes.

Os perfumes provocam-me sensações inéditas. Enquanto o tempo vai rolando no seu habitual ritmo alucinante, vou entranhando na memória, essências que guardarei para todo o sempre. Quem nunca lhe atravessou pelo olfacto, uma antiga fragrância que lhe ajudásse a retroceder no tempo e estagnando nessa doce nostalgia com olhar catatónico de quem só estáa funcionar com a mente? Como gosto de gravar na minha memória como espaço infinito que temos, por vezes até sem sentir fisicamente esse cheiro; sou capaz de senti-lo apenas com a mente. Basta invocá-lo. Os perfumes não são visíveis mas têm cor, calor ou frescura; provocam os mais diversos reflexos em quem os sente; são descritivos ao ponto do Patrick Sunskind ter escrito primorosamente um livro intitulado "O perfume"; podemos rotular os próprios sítios onde vamos com as essências características dos mesmos, tendo um único perfume como uma alma. É como numa multidão de milhares de pessoas que conversam, gritam e cantam, geram uma única voz. Essa voz nas essências chama-se perfume, a alma de todas as essências e odores.

Gosto de sentir os cheiros de quase tudo que emana e detém um cheiro característico. Há pouco tempo, fui preveligiadamente recebido numa herdade rústica que ficava situada no meio de montanhas, abençoadas com árvores de espessa folhagem, riachos, flores e inúmeros animais, onde os únicos ruídos que caracterizavam aquele lugar paradisíaco eram vozes naturais. Lembro-me como se fosse hoje, ter aberto aquele portão de ferro, rangendo ao movimento da sua abertura, que dava para uns jardins com aquele cheiro a relva cortada. Mas acabei por entrar numa divisão da herdade, que servia de sala de recepção e convívio, cheirando a madeira maciça, aquecida com o calor que envolvia aquela sala decorada ao bom gosto do dono da herdade, misturado com o bafio dos antigos livros, que desfilavam desordenadamente pelas prateleiras que se encostavam nas paredes, aquela limpeza de mãos briosas e dignas de não se renderem à imundíce... AQUELE CHEIRO! Aquele cheiro ficará para o resto da minha vida, pois era elouquente demais para ser desprezado por qualquer insensível no olfacto. E acontece-me muitas vezes, essa fragrância poisar em mim com a ajuda do vento, que faz projectar na minha imaginação as imagens que consegui gravar desses dias, as sensações momentâneas e odoríficas, o que dissemos, o que significaram esses dias e um leque de pensamentos e recordações que trazem de novo com a ajuda de um simples perfume.

Sniff, sniff......



quarta-feira, agosto 11, 2004

Conhecendo o mundo

Na mesa do restaurante onde hoje me sentei na hora do almoço, estava uma revista sobre viagens a bons preços e a sítios lindíssimos como demonstrava as fotografias. Aí, folheei tentando encontrar aqueles sítios que desejava muito conhecê-los, e lembrei-me que os conheço apenas com a imaginação e não com os meus olhos.

Com os livros que tenho lido nos últimos anos, serviu para dar uma volta ao mundo: pelos sumptuosos Campos Elísios em Paris; viajei por Florença admirando as grandes e imortais obras do período da Renascença; em seguido fui até Roma vêr o Coliseu, onde foi palco de grande barbárie nos tempos do Império Romano. De seguida, queria vêr Atenas com os meus próprios olhos, depois de ter lido o grande Homero; e num estilo "Forest Gamp", estava cansado da Europa e viajei para o continente Americano para satisfazer a curiosidade como era Nova Orleães, terra Natal da escritora americana Anne Rice, sentido o cheiro das Avenidas decorados de carvalhos imponentes, ouvindo as alegres melodias do Jazz genuíno.

E ainda viajei por tantos outros sítios pela minha imaginação, que ainda hoje lhes guardo na minha memória de elefante.

Pena é que conheça apenas pela minha imaginação uma pequena parte do mundo. Gostaria tanto de viajar e conhecer novas culturas; vêr com os meus próprios olhos aqueles sítios que estão cravados na minha memória. É como se passasse para o papel tudo o que tenho na alma, ou fazer uma música que toca furiosamente dentro de mim.

Por vezes fico triste quando alguém me diz que já viu com os seus próprios olhos a abóboda da capela Cestina, e tenha contemplado as pinturas do grande Miguel Ângelo. Há quem me já tenha dito coisas como "não achei nada de especial", mas trocaria se pudesse uma vez só com alguém que tivesse essa oportunidade de ser eu a vêr e não essa pessoa.

Pela colossal "internet", tenho visto passar por e-mail fotografias belíssimas de uma estonteante beleza; tenho lido as maiores descrições do mundo por livro; tenho visto na televisão imagens que não parecem ser reais. Pelo mundo há uma beleza infinita por descobrir que deve ser contemplada, mas as sensações que os olhos nos provocam são muito mais nítidas do que a nossa imaginação, e sou e serei um eterno apaixonado por beleza, porque, embrenhando-me pelas aberrações e crueldades cometidas por esse vasto mundo a fora, da fome, da guerra, do choro aflitivo e constante de mulheres e crianças que morrem a cada segundo que passa, do ódio que raças e nações sentem e impõem coercivamente umas às outras, da perfídia, dos massacrantes noticiários que nos informam da barbárie que pelo mundo se espalha, minado por engenhos de destruição em massa e extingue do planeta tudo o que é de belo, do silvo do chicote psicológico que ainda se ouve nos locais de trabalho, por mais que nos tentem ocultar de todos nós, da inveja e cobiça, da ganância pelo poder por pessoas que sem ele deixam de existir, da maldicência e por tudo o que escurece o mundo; no meio disto tudo, essa beleza ajuda-me a mantêr-me vivo, e chegar ao final do dia e dizer que sobrevivi, e dar-me esperança por mais pequena que ela seja.

Fechando a revista dos belos destinos do mundo, todo o turbilhão de pensamentos cessou no preciso momento em que parei de folhear essas páginas, e olhei ao meu redor, vendo que estava outra vez nesse pequeno e claustrofóbico restaurante.

Se virem o Aladino, digam que quero realizar um desejo que para muitos é ínfimo mas para mim não o é: viajar...........

Adieu

Recordo...

Sinto a tua presença
Vejo o teu corpo
Ouço a tua voz

Lembro
Recordo
Sonho
Vagueio

As palavras
O Amor
Um sonho,
É tudo como um sonho
Mas sinto que vale a pena.


terça-feira, agosto 10, 2004

O ócio!!!!

O ócio é um veneno, um inimigo a abater; uma companhia que rejeito e fujo como se faz com o fogo, com medo de nos queimarmo-nos; uma força sobrenatural que toma conta da nossa vontade, escravizando-nos num mundo do vazio e do nada, estupidificando os nossos sentidos, pensamentos e desejos, em que nada serve para passar ou aproveitar bem o tempo, essa riqueza preciosa nos tempos de hoje.

Vim agora do café lembrando-me desses ociosos tempos, por ter reparado que a meu lado, estavam as duas rainhas aqui do trabalho da cavaqueira e do real "corte e costura", como se diz lá na terra do meu pai, em que coaxavam como duas rãs num lamacento pantanal num local de trabalho onde existem os que trabalham para o seu sustento, os que trabalham em função de uma possível carreira mais sorridente e, como não podia deixar de ser, os ociosos.

Os ociosos têm particularidades que os distinguem dos outros: falam baixinho, murmurando palavras que soam a cusquice e maldicência, porque se não o fosse, comportar-se-iam naturalmente. E andam sempre aos pares como os caranguejos, pois que divertimento seria se não tivessem alguém para partilhar as suas mesquinhas reflexões sobre o que lhes é alheio? O efeito não seria o mesmo. São sempre os que contestam as decisões que se toma em função do trabalho, não apresentando qualquer melhor alternativa para o mesmo, preferindo ter a primeira pior das reacções: a contestação. Se repararem bem, têm um olhar encovado, esculpido pelo medo de serem apanhados em flagrante num delito qualquer que os compromete, e assustam-se com relativa facilidade, pois quem se dedica à espionagem, terá de olhar sempre por cima do ombro, e quando não o fazem, assustam-se inúmeras vezes. Nunca olham nos olhos quando falam com alguém. Estão sempre prontos a fugir do local quando um confronto existe por mais saudável que o mesmo confronto seja.

E isto tudo porque são ociosos. Corre-lhes nas veias um profundo pesar nos seus gostos, metas a atingir ou conversas que não as têm porque não conseguem falar do que não seja o seu tema preferido, que é para eles a maldicência. O ócio, aponderando-se deles por completo, teceu-lhes uma teia que lhe encurta os horizontes, não lhes permitindo aceitar o mundo que os rodeia, por serem incapazes de se livrarem dos seus inúteis preconceitos. Preferem saber para onde vão os outros do que saberem para onde querem ir. E se estas palavras são fruto de ser diaramente uma testemunha desses convívios baratos e fúteis, digo-vos que me afasto deles com medo de ser infectado e tornar-me num ocioso. Já lá dizia o meu sábio pai, "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és". Já fui rotulado como o solitário aqui dos campos do labor, e se querem saber, a minha solidão é tão doce que me permite abstrair dessa gente , em que a sua vontade escasseou num momento qualquer nas suas vidas, esquecendo por completo a vigília dos seus pensamentos. Já Napoleão dizia que receava mais o ócio aliada à estupidez, do que o próprio campo de batalha, o que não deixa de ser curioso.

Mas como o chão não é totalmente firme para ninguém, poderei ser derrubado um dia e mergulhar num lago de águas ociosas, o que seria para mim uma hecatombe. Cada vez que esses tempos ociosos me visitam, sou abalrroado com uma vergonha imensa de mim próprio, chorando pelo tempo perdido e desperdiçado em pequenas coisas. O trabalho ajuda nesse sentido. Faz-nos sentir úteis e activos, mesmo fazendo aquilo que não gostamos muito mas que nos mantêm vivos e aproveitados, percorrendo na vida caminhos em que se vê um horizonte mais amplo, envolvendo-nos. É tudo uma questão de opções.

São as palavras escritas em momentos de ócio no trabalho.............

Adieu




Maldito mês de Agosto!!!

Para mim, o mês de Agosto sempre foi aquele período que nunca senti saudade. Em tempos de escolinha, não tinha sítio para onde ir, ficando sempre em casa com os meus pais; na escola grande estudava sempre para os exames, fruto do que fazia durante o ano lectivo, em que preferia gastar o meu tempo a lêr livros de bruxas e vampiros; onde morava na casa dos meus pais, toda a gente debandava em direcção aos Algarves e outros destinos de descanso, acabando por não ir por não ter coragem suficiente para cravar dinheiro aos meus pais; e no trabalho em direcção aos algarves e outros destinos de descanso toda a gente debandava. O que eu quero explicar por singelas palavras é que sempre detestei esse que homenageia o Antigo imperador romano César Augusto: o mês de Agosto. Até com as namoradas não tinha muita sorte na idade da rebeldia, porque rumavam sempre em direcção aos algarves e outros destinos de descanso, regressando sempre com idéias frescas, ou seja, gajos frescos. O palavreado era sempre o mesmo: "Descobri que não gostava de ti", ou um não pior, "Sabes? É melhor ficarmos amigos porque não sinto por ti o suficiente para continuarmos o namoro". Enfim....

Maldito mês de Agosto!!!!

segunda-feira, agosto 09, 2004

Uma passagem rápida pela net. Umas notícias, cinco mortos no Japão, Adelino Salvado vai não vai a andar (não sei como ainda lá está e não é deste fim-de-semana), Santana, Acidentes nas estradas, Iraque.
Um correr de olhoas pelos blogs "diários" e algumas palavras ficam na mente, recalcamento, anonimato, "já era tempo para dizer algumas verdades"... mas sem dar a cara por esse pretenso sentido de justiça e honorabilidade.
Mas isto foi ócio, agora é hora de andar pela WWW na busca de conhecimento... tributação de grupo de sociedades e pagamentos por conta! Agora é a doer...


Concertos contra Bush - Vote for Change tour

Pearl Jam e mais 20 músicos reunidos a uma só voz contra George W. Bush.
Pearl Jam, Bruce Springsteen and the E-Street Band, Dave Matthews Band, Dixie Chicks , John Mellencamp, Ben Harper and The Innocent Criminals, R.E.M são os nomes mais sonantes deste movimento (Act For Victory) com o objectivo que o actual Presidente dos EUA perca as próximas eleições, vai levar estes artistas numa tourné de 34 concertos por todo o país.

“This is the fourth presidential election which Pearl Jam has engaged in as a band, and we feel it’s the most important one of our lifetime. We believe in the power of the first amendment, and have always exercised our right to free speech in every aspect of our lives and music. This year there is no more powerful way for all Americans to exercise that right than by voting. Given the extreme political climate of a country at war, we are proud to stand among the many artists involved in this tour and to encourage Americans not only to vote for a president this November 2nd, but to vote for the change they wish to see in the world.” - Eddie Vedder

Bruce Springsteen um dos dos musicos mais respeitados e um dos símbolos da América, nunca antes tinha divulgado as suas preferências políticas ou participado activamente me qualquer movimento de indole político. Este ano Springsteen escreve um artigo no “New York Times” explicando porque é que vai para a estrada apelar ao voto contra Bush.

sexta-feira, agosto 06, 2004

Fim-de-semana...

... agora remeto-me ao silêncio do virtual!

(Silence by Pieter Van Hoof)



O Meu Amor Existe

O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina.

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito.

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.
(
Jorge Palma)

É daquelas canções que me faz sonhar...



Andei aqui à volta de algumas fotografias e deparei com umas imagens simples, mas que dizem muito...

... O Nosso Primeiro Pôr do Sol!

O nascer da noite...


A Imagem do mundo é construida à medida que criamos uma imagem de nós próprios. Reproduziomos em nós o mundo e projectamo-nos no mundo, uma reciprocidade que constitui o molde com que fabricamos a nossa imagem... a nossa vida!

Do You See Me?...



Quando reparaste em mim pela 1ª vez??? Nunca me respondeste....