Será que deitei fora,
Rara oportunidade,
Terá sido minha vaidade,
Que me envenena agora?
Fui eu que, certamente,
Fui demais veemente,
Que num ímpeto de ira,
Me conquistou a mente.
No seio bem não estava,
E porquê? Assim sentia,
De início desprovia,
De qualquer maneira, amava.
Será que é a resposta,
Ou será uma mal posta,
Questão que, indisposta
Põe, quem não acreditava.
O sangue que corria,
Num inquieto rio,
Escorria a bom fio,
E no seu curso seguia.
Mas em tal triste hora,
Fui mandado embora,
Ou será que em boa hora,
Meu anjo! Quem seria?
Esperarei que agora venha,
Um vento furioso,
E que ponha, venturoso,
Na lareira toda a lenha
E quem no seio aceita,
Minha força se ajeita,
Que um anjo esteja à espreita,
E dele o bem provenha.
EFB - 08/06/04
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