quarta-feira, junho 09, 2004

Esperança

Será que deitei fora,
Rara oportunidade,
Terá sido minha vaidade,
Que me envenena agora?
Fui eu que, certamente,
Fui demais veemente,
Que num ímpeto de ira,
Me conquistou a mente.

No seio bem não estava,
E porquê? Assim sentia,
De início desprovia,
De qualquer maneira, amava.
Será que é a resposta,
Ou será uma mal posta,
Questão que, indisposta
Põe, quem não acreditava.

O sangue que corria,
Num inquieto rio,
Escorria a bom fio,
E no seu curso seguia.
Mas em tal triste hora,
Fui mandado embora,
Ou será que em boa hora,
Meu anjo! Quem seria?

Esperarei que agora venha,
Um vento furioso,
E que ponha, venturoso,
Na lareira toda a lenha
E quem no seio aceita,
Minha força se ajeita,
Que um anjo esteja à espreita,
E dele o bem provenha.


EFB - 08/06/04

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