quarta-feira, junho 23, 2004

Mais um ano

Apróxima-se. Está quase aí. O Meu aniversário, mais um ano... um quarto de século mais um. O tempo passa a correr, num piscar de olhos... e se os fecharmos sem nos apercebemos que passou, ficamos uns cadáveres deambulantes... a vida passa sem se viver.

Mais do que em qualquer outra altura, esta é a fase em que revejo o que fiz, o que mudou, o que era e o que sou, olho para trás, um ano atrás para ver, sentir a pessoa que me tornei.
E se me é permitido dizer algo sobre este último ano que passou, será que definitivamente não fui um cadáver deambulante. O MEU Quarto de século foi sem dúvida o mais agitado a nível pessoal, que na verdade é o que importa. O meu trabalho é apenas o que faço, o que sou é muito mais.
Durante este ano vivi a grande desilusão da minha vida, uma desilusão que me permitiu alcançar (hoje) um sonho para além da minha imaginação.
Durante este ano vivi experiências que nunca antes tinha vivido. Sofri e também fiz sofrer. Conheci-me melhor. Descobri ter forças que não pensava ter. Conheci melhor as pessoas que me rodeiam, os Meus Amigos (e o valor que dou a esta palavra). Amigos... nem bons nem maus, nem melhores, apenas essa palavra tão valiosa fechada em si... conheci-vos melhor... e vocês a mim!
Conheci melhor quem pensava já conhecer totalmente, consegui surpreender-me...
... infelizmente, no que toca ao seu valor...
... felizmente, no que toca ao meu valor.

Num ano de muitas emoções, vivências, experincias, de crescimento e desenvolvimento, o melhor sabor ficou guardado para o final. E como sabe bem.

Um ano contêm muitos dias, horas... imensas oportunidades para cometermos erros... mas se alterasse uma única vírgula ao livro que escrevi durante este período, então hoje não teria estaria aqui a rabiscar estas linhas... a viver estas linhas. Não me arrependo de nada do que fiz, não peço desculpas a ninguém, nem quero que me peçam a mim. Pode parecer arrogante da minha parte, mas não é. Sempre pautei as minhas acções, comportamentos e pensamentos pelos meus valores. Faze-lo, pedir desculpas, seria desacreditar quem acreditou em mim, desvalorizar as acções de quem considero Amigo, minimizar-me. Poís se elimino o mau, tiro o valor ao bom.
Não me arrendo do que fiz, aprendi a lutar com mais força, a não desistir, a apreciar com o devido valor.

Estou aqui, um ano depois, mais vivo, a sorrir para o mundo, o meu coração acordou... apaixonado.
Hoje olho para trás, para um ano atrás, com um sorriso, não um sorriso melancólico, não de saudade do que se viveu... mas com um sorriso de alegria, expectativa, do que passou para me trazer até aqui, até hoje... para viver o que sinto neste momento. Um sorriso de quem respira ofegantemente, de quem sente um aperto apaixonado no peito, de quem vê a felicidade nos olhos castanhos de um rosto divino.

Um ano depois, o meu obrigado a quem amo, a quem respeito, a quem compartilha o meu espaço... e também a quem tem a paciência para me ler. A todos, obrigado.

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