sexta-feira, junho 11, 2004


Falamos à pouco, senti-te triste. É do cansaço? É da saudade?

O sol aquece-me a pele, o corpo dobra-se na tentativa de alcançar, mas está vazio... o calor do coração está longe. Espaço, apenas.
Quero beijar-te, sentir o cheiro da vida... tua vida.
Quero trazer-te entre os olhos, o alimento do meu coração... o teu amor.
Tens olhos cor de amêndoa, meigos, experssivos, que me rasgam de desejo.

Ainda sinto as caricias quentes dos teus dedos, o sabor do teu sorriso...
Sinto em ti o prolongar da minha existência...

Sinto um sonho, tenho tanto para te dizer, espero que não te importes, mas ainda é cedo demais, quero dizer-te ao ouvido enquanto sinto a tua respiração. Já falta pouco...

Enquanto escrevo estas linhas o meu irmão decidiu fazer o seu próprio almoço... o comentário da cozinheira cá da zona foi... “mas o arroz está cru... e sem sal”... ao que o meu irmão responde, após uns segundos em silêncio a olhar para o arroz “eu gosto dele assim”...

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