Se o apetite de o fazer é voraz.
Porque não? Já sei: o medo.
Esquece. faz!
Se é obra nobre e que nos abençoa
Coragem. Faz!
O ‘fazer’ é obra boa.
Começa sempre devagar com um grão,
De areia, fino. É pequeno,
Mas não é vão.
Estrela é também um grão do Universo
Quem quer ser Sol,
Não é pelo progresso.
Quem cria, do divino recebeu dom;
Estima bem. Agora sabes,
Então cria.
Abençoado sejas se fores homem bom,
Esquece o mundo. Liberta,
A luz do dia.
Essa luz que irradia de ti mesmo,
Também se extingue. Não o negues,
Mas tem calma.
Vem de ti acarinhá-la. Só escureces,
Se aceitares a escuridão.
O dom acalma.
Preserva-o bem então, por assim dizer,
Essa chama; esse fogo,
Que arde em ti.
Respira o salubre ar que faz de ti crescer,
Poder amar, poder viver,
Só por si.
Da vida complicada, simplifica,
Já basta o mundo. Se escreves,
Sê escritor.
Se arquitectas e tens jeito, edifica,
Se cantas e encantas,
Sê cantor.
E esquece os ‘ses’, que só incertezas dão.
Deixar tudo para amanhã,
Já não interessa.
E se incertezas te invadem o coração,
É o vazio. É escuridão.
A vontade cessa.
Inunda o mundo com as tuas maravilhas,
Irradia luz. Com ela,
O mundo guias.
Mas se a gente vem de apupos enfadados,
Cria mais, pois ficarão
Maravilhados.
E não esperes que a multidão te enalteça,
Isso é vão para quem,
O dom detem.
Na guilhotina querem ver tua cabeça.
Não entendas a Natureza,
Nossa mãe.
Quem mal diz, fala muito mas pouco faz,
É assim o povo. Condenam sempre,
O Criador.
Nada fazem, entediados (coisas más!)
Faz tu muito, bendito sejas.
Faz com amor.
17/04/04
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