O fardo que carrego,
Já pesa e faz,
Doer-me a alma
Faz-me incapaz.
E quando penso,
C’ a dor já passou,
É contra-senso.
O vento mudou!
Por vezes pergunto
Porque ela é assim,
A vida é assunto,
Até ter um fim.
Mas que fim é este?
Ninguém sabe bem.
O sentido que deste,
Não tem, não tem.
Mas sinto-me grato,
Pois sinto amor,
Por ela, por tudo,
Depois do torpor.
Dormi no passado
Foi assustador,
Dormia acordado,
Abraça-me, amor.
Tinha a doença,
Que todas a tem
Sentia a sentença,
Mas agora estou bem.
E agora aproveito,
Que a alma é capaz,
De não ser perfeito,
Mas viver em paz.
E se algum dia,
Alguém m’ a tirar,
(Que feia heresia)
Até pode tentar.
Vir contra mim,
Teimoso rochedo,
Pôr-me um fim,
Não tenho medo.
Só a Morte sorrirá,
Para mim um dia,
Mas mesmo até lá,
Vivo com alegria.
Tem paciência,
Sou mesmo assim,
Quero viver até ao fim...
17/04/04
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