terça-feira, julho 06, 2004

PERGUNTA...


Será que vale a pena perguntar de onde retiro o tempo para escrever estes textos, estes posts, um termo em si não consensual...

Substantivo – colocação; correio; posta (de pescada bem fresquinha!!!);
Advérbio - pelo correio; por expresso; com toda a rapidez;
Verbo transitivo e intransitivo - afixar; postar, colocar; viajar rapidamente, apressadamente;

E porque os escrevo?

Invariavelmente começo sempre por uma ronda pelos blogues da minha lista de favoritos. Uma passagem de olhos, uma leitura atenta, uma pausa para pensar, isso depende do tempo, da paciência, do trabalho . Esta viagem nunca tem um trajecto certo, mas passo sempre por “casa” dos amigos e dos leitores. Algumas vezes comento o que li (e já aprendi que comentar com o “sangue na guelra” não é a melhor opção, por mais que discorde). O melhor da blogosfera é que todas as opiniões se cruzam na esquina de um qualquer IP ou link. As minhas leituras frequentemente arrastam para uma vertigem alucinada, que me afasta mais e mais do propósito inicial. O de escrever eu mesmo um post.
Escrever o essencial, preservar a opinião para aquilo em que vale a pena deixar a nossa marca pessoal. Temperado, sem excesso de informalidade, que acaba por vulgarizar. Humor, algum ( tento pelo menos). Escrever sobre um noticia de rodapé, um tópico de leitura, sobre crenças, por birra, por amor, sobre amor, sobre amizade. Trata-se de um processo caótico, uma arrumação desordenada. Teorizar, vencer a inércia.
No espaço e tempo que furtivamente privo ao resto, vou compreendendo a veemência com que o vício se apropria, a necessidade de escrever textos sem remetente ou destinatário, porque há coragem, sonho, amor, vontade de partilha, cumplicidades, mistérios, encantamentos, desejos..., por tudo e por nada. Até que a realidade venha sobrepor-se a esta necessidade e se instale no tempo em que agora, abdicando de qualquer coisa, me dedico ao pensar incerto e compulsivo...


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